Publicado em Brasil Minas Gerais

OURO PRETO, MARIANA, BH – PARTE II

Seguindo nossa viagem a Ouro Preto fomos conhecer o distrito de Lavras Novas.

Este distrito fica cerca de 17km de Ouro Preto. É possível ir de ônibus regular, mas os horários são bem restritos.  Conversamos com um motorista de táxi que fechou a corrida por BRL 80. A estrada que leva até Lavras Novas é de terra e diga-se por passagem bem esburacada. Levamos cerca de 30 minutos para chegar ao centro. Para quem gosta de aventura, sugiro que reserve mais que um dia para ficar nesta região que conta com algumas pousadas (para pesquisar pousadas na região entre no link Pousadas em Lavras Novas).

Mas o que encontramos em Lavras Novas? Diversas cachoeiras (3 pingos, do falcão, pocinho, prazeres, castelinho, dos namorados), comidinha caseira mineira, lojinhas de artesanato,  rapel, tirolesa, trekking, escalada, caiaque…

Como fomos apenas para passar o dia, fomos a uma cachoeira, almoçamos e olhamos as lojinhas. Para voltar por sorte pegamos o telefone do motorista que nos levou – o transporte é bem difícil nesta região.

Escolhemos a cachoeira dos Pocinhos para visitarmos. Andamos bastante até conseguirmos chegar até ela. Há vários trechos de mata bem fechada, em vários momentos tivemos a sensação: “estamos no quintal de alguém!”, “e se tiver um cachorro?”. A trilha não é muito sinalizada. Encontramos várias pessoas perdidas para os 2 lados: onde fica a cachoeira?, como faço para voltar?.

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Casa da Bruxa no caminho para Cachoeira Pocitos
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Trilha para chegarmos a cachoeira
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Pocitos

Como o próprio nome diz Pocitos é um poço – a cachoeira fica bem distante, queda pequena, porém é um poço grande. A água  estava geladíssima, foi difícil de tomar coragem para entrar, mas consegui. Depois de 30 minutos, o tempo começou a fechar, ameaçando um temporal e fomos embora. Foi bem angustiante, porque estava começando a chover, estávamos no meio da mata, e ouvíamos trovões e raios um pouco distante. Depois de um tempo estávamos cansadas, não conseguíamos andar rápido e não chegávamos a lugar algum. O engraçado foi quando vi uma parede verde e falei para minha amiga: Denise estamos perdidas não lembro desta parede e ela respondeu: graças a Deus -eu lembro acabou a trilha!

Voltamos a rua da casa da bruxa e andamos até o centro onde buscamos um local para comer. Passamos por um restaurante (Restaurante Delírio – tipo uma pensão) que estava bem cheia e resolvemos ficar por lá mesmo. Nos sentamos na varanda da casa e um cachorro se apaixonou pela minha amiga.  A pensão era do seguinte estilo: árvore na frente da varanda com as folhas caindo sobre a gente, cachorro metendo a cara na nossa comida, a terra batida em frente a casa… acho que tudo isso fez com que a comida tivesse um gostinho especial.

Depois do almoço, andamos pelas lojinhas e o motorista de táxi foi nos buscar.

Passamos mais um dia em Ouro Preto, subindo e descendo as ladeiras, indo a blocos de carnaval, explorando a cidade, vendo que a arquitetura foi muito bem preservada.

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Na quarta feira de cinzas gostaria de ter ido a Inhotim – o Instituto Inhotim é um dos mais importantes centros de arte contemporânea do mundo, com uma área de visitação de 140 hectares: possui um jardim botânico, acervo com mais de 200 obras de arte contemporânea em exposição nas 22 galerias e jardins  –  localizado na cidade de Brumadinho que fica  55km de Belo Horizonte e  108 km de Ouro Preto. Infelizmente a logística de ônibus não permitiu que fôssemos para lá -pois os horários de ônibus eram restritos e tínhamos o problema do horário de voo de volta ao Rio.

Então aproveitamos o dia para conhecer um pouco de Belo Horizonte. Pegamos a van de volta a BH, descemos na rodoviária, pagamos pelo serviço de guarda volumes para nossas malas e fomos dar uma volta na cidade.

Pegamos um táxi até a Praça Liberdade onde estão localizados o MM Gerdau (Museu das Minas e do Metal), Espaço Conhecimento da UFMG, Centro Cultural Banco do Brasil e o Memorial Minas Gerais Vale. Esta praça é um pólo de cultura. Uma atração ao lado da outra o que achei muito legal. Como era feriado, só conseguimos visitar o CCBB e o Museu das Minas e do Metal.

Fiquei m-a-r-a-v-i-l-h-a-d-a com o museu administrado pela Gerdau – Museu das Minas e do Metal. Totalmente interativo, ele é um show de conhecimento – e o melhor: gratuito! Nele você encontrará informações desde formações rochosas até pedras preciosas (tudo interativo), passará pela exploração histórica destes recursos no Brasil. Sabe aquele lugar que você encontra muitas informações e que são passadas de forma tão natural que você não quer sair de lá, quer aprender mais e mais? O  museu funciona de terça a domingo de 12h as 18h. Para maiores informações, acesse Museu das Minas e do Metal.

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Pedras Preciosas, Composição das Pedras – tudo interativo – MM Gerdau

 

 

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CCBB

Finalizamos nosso passeio com a vista do Mirante das Mangabeiras, onde temos uma excelente vista de toda cidade de Belo Horizonte!

Autor:

Nossa jornada começou há quase 8 anos, quando minha hoje adolescente era quase um bebê!

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