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Iguarias Mexicanas – um post dedicado as comidas que vi e provei – 2013-2014


Aqui no Brasil quando falamos em comida mexicana pensamos em Tacos, Burritos, Guaca-mole, Nachos e a bebida é Tequila.

Viajei ao México 2 vezes e conheci cidades incríveis: Cidade do México, Taxco, Acapulco, Guadalajara, Tequila, Cancun, Veracruz, Jalcomulco, Orizaba e Puebla – e com isso conheci muitos sabores no México.

Este post é dedicado aos sabores e olores mexicanos. Uma mostra de tudo o que eu vi e experimentei.

Buen Provecho!

1.Tequila! Toda tequila original deve ser produzida no estado de Jalisco, cuja capital chama-se Guadalajara, conhecida pelos brasileiros principalmente por ter sediado os jogos pan-americanos de 2011. Fui “iniciada” nesta bebida  na pequena cidade de Tequila, localizada a 70 km da capital – conhecemos a fábrica da Jose Cuervo e fábricas artesanais (amo Tres Mujeres!) onde aprendi apreciar a bebida feita de agave azul (a planta pontudinha da foto).

 

2. Tamarindo com chile: sabe aquela coisa que você vê todo mundo  comendo? E comendo com gosto? A impressão que eu tive é que tamarindo com chile seria como açaí para os brasileiros… mas o gosto… sem comentários…ok que chile é pimenta, mas era ardido demais! esse pó vermelho sobre o tamarindo era mais pimenta! Encontrei essa iguaria nas praias de Acapulco.

3. Na foto abaixo tirada na Cidade do México eu experimentei:

  • Água de arroz ou horcacha:bebida parecida com arroz doce: você pega o leite da água do arroz e adoça com canela. Esta bebida é originária de Valencia, Espanha, mas muito popular no México. Ela pode ser alcoólica ou não – provei a versão não alcoólica. Para quem quiser experimentar, a receita está disponível no site horcacha com rum.
  • Pozole: sopa que pode ser com carne de boi, frango, porco ou legumes. Encontrei a receita de pozole no site tudo receitas: pozole
  • grandes nachos/doritos
  • detalhe para o abacate

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4.Taco al Pastor: nunca vi uma coisa tãooooo cheirosa e que encontrava em todas as esquinas da Cidade do México. Não comi porque fiquei com medo de passar mal, pois era assado no meio da rua, porém há um restaurante em Ipanema que serve Taco al Pastor -onde experimentei essa iguaria ( Restaurante Blue Agave)! O taco al pastor é uma receita com lombo de porco, pimenta e abacaxi.

 

5.Água de Jamaica ou Chá de Hibisco: Conheci o chá de hibisco no México, mais precisamente em Acapulco quando ele ainda não era popular por aqui. Aqui tomam sem açúcar, quente,… lá ele é uma bebida refrescante que substitui facilmente um refrigerante. PS: não tomei o da foto, tomei em um restaurante, mas esta barraquinha me lembrou muito o Chaves!

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As próximas comidas que falarei conheci em Xico e Puebla. Quando fui a Puebla, estava na época da festa gastronômica, então tinha alguns pratos sazonais e tive sorte de experimentar. Puebla é conhecida por seus doces. Eu particularmente achei que muitos deles temos aqui como nomes diferentes. Vi brigadeiros como sendo típicos de lá, doces de abóbora, doces de batata doce, e me surpreendi com o sabor do sorvete que experimentei, como vocês verão logo a seguir.

6. Mole:  mole é um prato feito de peito de frango com um molho especial (que é propriamente o mole) feito a base de chocolate e pimenta. Ele é servido com arroz vermelho que é uma delícia. Lá em Puebla há umas barracas que vendem a pasta de mole para você misturar na água (é muito ingrediente,como vocês verão a seguir) e vi no mercado  vidrinhos tipo molho de tomate de moles para vender. Comi pela primeira vez em um restaurante na cidade de Xico, e agora apesar de ter a receita, tenho fico na vontade. Donos de restaurantes mexicanos no Rio de Janeiro, vocês poderiam incluir este prato no cardápio, viu?!

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Mole
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Mole que fiz em casa com a pasta artesanal que comprei em Puebla

Foi um prato que eu realmente adorei e por isso vou deixar a receita aqui para quem quiser experimentar:

Ingredientes 

1 peito de frango grande
2 cebolas descascadas picadas
8 dentes de alho descascados e cortados ao meio
1 colher de chá de sal
1/4 de xícara de chá de azeite
1 pimentão se semente picado
1 pimenta jalapeño
3 guajillo chili – pimenta seca mexicana 
2 colheres de sopa de amêndoas fatiadas
2 colheres de sopa de sementes de gergelim
2 colheres de sopa de amendoim torrado
2 colheres de sopa de sementes de abóbora 
2 colheres de sopa de nozes 
1 colher de sopa de semente de coentro
1 colher de sopa de cravo da índia
500 g de tomate (pelado em lata)
1/2 xícara de chá de uvas passas
1 anis estrelado
1 pau de canela
3 unidades de zimbro
1 colher de sopa de pimenta-do-reino
1 barra de chocolate amargo picado (aproximadamente 250g)
1 colher de sopa de açúcar mascavo

Modo de Fazer:

Tempere o frango com metade do sal e leve à panela com metade da cebola e do alho, cubra com água e deixe ferver até que o frango esteja cozido (macio), cerca de 30 minutos. Retire o frango, reserve e coe a água do cozimento para usar no molho. Toste as amêndoas, a castanha do pará, o amendoim, as sementes de gergelim e sementes de abóbora. Reserve. Em um pilão macere as especiarias (menos a canela): a pimenta-do-reino, a semente de coentro, o zimbro e o cravo. Reserve. Aqueça o azeite em uma panela em fogo médio. Refogue o restante da cebola, do alho, o pimentão e as pimentas picados  (coloque metade do sal) até que dourem bem. Junte uma concha do caldo do frango, pau de canela e deixe cozinhar até amolecer bem. Acrescente o tomate, um copo de água e deixe cozinhar até que fique um molho grosso. Nesse momento você pode bater o molho no liquidificador e coar em uma peneira. Coloque as uvas passas, o açúcar mascavo, o chocolate  e mexa bem até derrete-lo.  O molho ficará bem grosso, vá colocando mais caldo do frango para diluir, mas sem deixar muito ralo. Deixe cozinhar por pelo menos 1 hora ou mais, para que os ingredientes se integrem bem. Retire o pau da canela e bata com no liquidificador, até que o molho fique uniforme.Junte esse molho ao frango e sirva.

7.Chile en Nogada: extremamente típico e sazonal é um prato que classificaria como muito exótico.É uma espécie de pimentão recheado de carne de porco e fruta com cobertura de um creme com nozes. Gostei do recheio, o pimentão que foi difícilll. Tanto o chile en nogada quanto o sorvete de lavanda que está logo a seguir experimentei no restaurante  La Conjura Casa de Comidas Lentas, que fica na calle  9 Oriente 201, Centro, Puebla. O restaurante é bem bonito, parece uma gruta.

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Chile en Nogada: tipo de pimentão recheado com carne de porco e frutas

8. Sorvete de Lavanda: tomar sorvete de lavanda foi uma experiência interessante… o cheiro era de lavanda! Então parecia que eu estava tomando perfume. Gostoso, diferente, tomaria de novo.

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Helado de Lavanda

9.Cajeta Quemada e Cajeta Envinada: doce de leite de cabra: nas versões queimado ou com licor de tequila: precisa dizer mais alguma coisa? sensacional!

 

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10. Obleas: Doces recheados com cajeta. Parece uma óstia.

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11. Doces de Leite con tequila: gente!! 10 em 10 amigos amaram este doce. Comprei a primeira vez na loja da Jose Cuervo em Tequila e depois encontrei no aeroporto da Cidade do México.

 

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12. Toritos:  Originários de Sotavento, região que vai desde o Porto até o sul de Alvarado, Veracruz, os toritos são una bebida feita com álcool de cana saborizado com frutas naturais. Seu nome contém parte da historia da região que fala sobre os trabalhadores que cortavam a cana de açúcar e passavam árduas jornadas de trabalho. Para aguentar faziam bebidas de frutas e adicionavam  álcool e  se sentiam forte como touros. Hoje em dia, o torito é muito popular em todo estado de  Veracruz,  existe de vários sabores desde frutas exóticas  graviola,  coco até de café, amendoim ou nozes misturados servidos com gelo frapé. Apesar da doçura de seu sabor, não se engane, atrás dessa explosão de sabor e frescor existe vários graus de álcool de cana. Em Xico comprei na casa de uma senhora um de amendoim e um de framboesa (feitos em casa!). No aeroporto comprei de café, manga, coco. Se vocês tiverem oportunidade, não vão se arrepender – é uma delícia!

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13. Mezcal: antes de fazer essa viagem, tinha uma coisa na mente: vou provar mezcal – porque macho que é macho não toma tequila- toma mezcal! O mezcal, assim como a tequila também é extraído do agave azul, porém é considerada uma bebida mais rústica, pois é destilada apenas 1 vez enquanto a tequila passa por este processo cerca de 3 vezes. Uma curiosidade é o antigo costume de algumas marcas de introduzirem a larva de uma borboleta chamada de gusano dentro das garrafas de mezcal. Esta larva, que normalmente se desenvolve no meio das plantas do agave, mantém-se intacta se submetida a determinado teor alcoólico na bebida, abaixo deste teor ela se desintegra. No aeroporto da Cidade do México a loja do duty free dá provas de mezcal e eu percebi que eu não era tãoo macho assim. Não curti e comprei uma garrafinha miniatura de recuerdo.

 

 

 

 

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México – Casa Azul – Frida Khalo – 17.09.14


Antes de voltar ao Rio de Janeiro, como uma pessoa diferente, que havia superado vários obstáculos, fiz uma conexão longa na Cidade do México. Era minha segunda vez na cidade, em minha primeira ida ao México havia conhecido a cidade.

Oscar foi me buscar no aeroporto para me levar a um lugar que não consegui entrar na minha primeira vez porque a fila estava enorme e  eu estava com a agenda cheia: Casa Azul – Museu Frida Khalo. Tive muita sorte de só ter conhecido a Casa Azul por dentro nesta visita. A primeira dica que eu posso dar é que antes de ir ao Museu, veja o filme Frida, com Salma Hayek no papel de Frida. Conhecer a história dela é fundamental para entender e curtir a Casa Azul.

Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon foi uma das personagens mais marcantes da história do México. Ela como ficou conhecida, teve uma vida de superações e sofrimentos que refletidos em sua obra a tornara m uma das maiores pintoras do século. Frida sempre foi apaixonada pela cultura de seu país e adorava tudo que remetesse às tradições mexicanas, o que evidenciava em sua maneira de se vestir. Sua obra mostrava sobretudo auto-retratos, que mostrava sua impossibilidade de ter filhos.Sua primeira tragédia aconteceu quando ela tinha seis anos:a poliomelite a deixou de cama por vários dias e como seqüela  Frida ficou com um dos pés atrofiado e uma perna mais fina que a outra. Aos 18 anos mais um fato trágico  ocorreu em sua vida: um grave acidente de ônibus a deixou a beira da morte. Uma barra de ferro pelo perfurou seu abdômen, causando múltiplas fraturas, inclusive na  coluna vertebral fez com que ela passasse por 35 cirurgias. Além disso, seu amor por Diego Rivera foi mais uma dor que ela teve que suportar. Através da pintura e a poesia, ela expôs sua dor ao mundo.

A Casa Azul fica localizada em Coyocan, um pouco longe do centro do DF (Distrito Federal – Cidade do México). Desta vez o Oscar me levou de carro, mas a primeira vez que fui ao DF, peguei o ônibus turístico – há uma parada próxima a Casa Azul.

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Desta vez por ser uma conexão  longa não me hospedei, mas em minha outra viagem ao México me hospedei na chamada Zona Rosa (dizem que é de público GLS, havia boates, mas nada que me chamasse atenção negativamente). Como fui a várias cidades do México, acabei me hospedando em 2 hotéis diferentes, pois fiquei na cidade dois finais de semana para poder me encontrar  com 2 amigos: Room Mate Valentina e Royal Reforma – gente nem lembrava, mas os 2 eram na mesma rua! Acho que foi uma questão de disponibilidade e preço. Fiz as reservas pela Decolar.com.

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Distância de Carro do hotel que me hospedei até a Casa Azul – No ônibus turístico levou mais ou menos 1 hora e meia!

O ingresso para entrar no museu custa MEX 120 durante a semana e  MEX 140 final de semana e aceitam cartão de crédito. Porém para se tirar fotos existe uma taxa de MEX 60. O museu não abre as segundas e encerra o expediente as 17:45. Há uma lojinha de souvenier do museu que dá  vontade de comprar tudo!! Para mais informações, acessem Museu Frida Khalo.

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Cozinha da Frida
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No anexo a Casa Azul, há uma ala  com as roupas de Frida que tinham um toque cultural mexicano

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Jardim Frida Khalo

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México – Puebla – 16.09.14


Acordei no dia seguinte livre da enxaqueca. Oscar buscou vários remédios para me ajudar e a missão foi cumprida com sucesso. Perdi a véspera da festa da independência do México: as pessoas aguardam meia noite para comemorar, como se fosse véspera de ano novo. A sensação que eu tive é que o povo mexicano é mais conectado com essas festas do que nós brasileiros. O presidente do México vai ao Zocalo, localizado na Cidade do México (conto mais sobre este local no post de minha viagem ao México em 2013), e faz um discurso a nação. Eu passei a independência em Puebla -Heroica Puebla de Zaragoza, cidade fundada em 1531 por espanhóis, a quarta maior cidade do país.

Basicamente meu dia em Puebla foi dividido nas seguintes atividades:

  1. desfile cívico
  2. catedral de Puebla
  3. comer, comer, comer: os sabores do México
  4. banho de temazcal

Meu dia começou em um restaurante simpático onde tomei café da manhã. Infelizmente não consigo lembrar o nome do restaurante e localização, mas amei a decoração, bem cultural mexicana.

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O desfile cívico me pareceu uma mistura de desfile da independência com teatro (no sentido que tinha muita encenação) , muita gente nas ruas, militares, desfile de escolares, cultura…

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Depois do desfile fui a catedral de Puebla, a basílica de Puebla. Ela fica em frente ao Zocalo (entendo como Zocalo toda praça importante – já havia citado o Zocalo da Cidade do México, onde o presidente fez o discurso da independência, me hospedei em Veracruz em frente ao Zocalo,…). Esta catedral foi construída entre os séculos XVI e XVII e é declarado como patrimônio da humanidade.É um dos museus mais importantes de arte novohispanico. É rica de obras de artes, esculturas, carpintaria de qualidade artística, tesouros de ouro, prata e diamantes. Quando entrei na catedral, tudo que eu via era muita riqueza. E  olha que já fui em igrejas belíssimas.

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Catedral de Puebla

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Puebla é conhecida como a cidade dos doces. Saí da basílica e fui conhecer os doces poblanos. Acho que a maioria dos doces tem no Brasil. Sabe aqueles doces que achamos que só tem aqui? Então, tem lá também e eles acham que só tem lá. Engraçado né? Confesso que nesta viagem comprei uma mala só para trazer comidas e por isso meu próximo post será sobre os sabores do México (coisas que experimentei em 2013 e 2014). Tem brigadeiro, pé de moleque, doce de batata doce, doce de abóbora, … os meus preferidos são os que eu considero verdadeiramente locais como cajeta (doce de leite de cabra), que tem as versões cajeta quemada e cajeta envinada (com vinho), oblea: que é uma massa branca fininha… parece uma  hóstia recheada com cajeta… muito bom!

O almoço em Puebla foi o mais mexicano possível. Estávamos no mês gastronômico e comi un Chile a Nogada e sorvete de lavanda – sim vocês entenderam certo sorvete de florrrr. O post Sabores do México vai explorar um pouco mais esta experiência única!

Uma das coisas que eu queria ter feito no México Verde mas não tive tempo para fazer foi tomar banho de Temazcal. O banho de temazcal é um banho difundido entre as culturas pré hispânicas da Mesoamérica. A origem do nome temazo: vapor casa, casa de banho e calli: casa. Por milhares de anos, muito antes da chegada dos espanhóis, os povos indígenas da América Central já tinham desenvolvido uma civilização altamente avançada, métodos de saúde foram baseados na utilização de elementos naturais. Higiene e limpeza eram uma parte de seu sistema. O temazcal foi usado para as mulheres antes, durante e após o parto, para tratar várias doenças da população e para a limpeza e bem-estar geral, e este banho com ervas faz parte da vida tradicional e ritual.

Tradicionalmente, o banheiro é feito de pedra, com uma estrutura circular, como um iglu ou pode ser quadrada. Elas também são feitas com estruturas temporárias feitas de galhos e folhas, peles ou cobertores e outros materiais, na etnia do norte do México foi moldada como “tipi”, o Temazcal é uma pequena estrutura fechada, onde você entra as pedras porosas, previamente aquecida, derrama uma infusão de ervas, causando vapor medicinal e, dentro deste útero da mãe terra, a alquimia dos cinco elementos, eles desenvolvem e trabalham a terra representada pelas pedras e os nossos corpo físico, água, através da infusão de ervas e nosso suor, pelo calor do fogo, o nosso coração e espírito, o vento e o cheiro da respiração e o ativador de todos estes elementos .

Agora que vocês já sabem um pouquinho da teoria do banho de temazcal, eu procurei na internet e descobri que vários hotéis em Puebla, ofereciam este banho. Geralmente tem que se marcar este banho com mais de 24h de antecedência para que a terapeuta se prepare para ofertá-lo, tem várias coisas que a pessoa não pode fazer de véspera, mas tive sorte de conseguir  uma pessoa disponível para me dar o banho.

Fiz o banho no hotel Casona San Antonio. Você pode tomar o banho de roupa de praia ou nu. Fui para um pequeno iglu feito de pedra e sob várias rezas, suei muito. A temperatura é muito muito quente, cerca de 50C eu acho. A mulher que fez meu banho evocou as forças da natureza, pediu para eu esquecer tudo o que eu conhecia para me transportar ao ventre, a  terra mãe e perdoar tudo e todos que causam sofrimento. Foram momentos de perdões e agradecimentos por todas as bençãos que recebi. Lembro-me que ela pediu para pensar em alguns animais e cada um significava parte de minha personalidade em alguma situação da minha vida. Em diversos momentos ela pegava ervas e jogava em mim. Certamente saí de lá mais leve. Seria difícil descrever aqui tudo o que senti.

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Banho de Temazcal

Depois do banho, fui para rodoviária pegar um ônibus para Veracruz e o Oscar voltou de carro para DF Cdd Mexico. Meu voo era na próxima manhã, com conexão na Cidade do México –  tinha o dia para disfrutar o que não tive tempo de fazer em minha primeira ida a esta cidade: a Casa Azul! ❤

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México – Orizaba, Tlachichuca – 15.09.14


Cheguei em Orizaba mais de meia noite. Havia reservado uma diária no hotel Holiday Inn que ficava menos de 5 minutos da rodoviária. Naquela noite eu não dormi, eu capotei!

Antes das 7h da manhã o Oscar estava no hotel. A recepção me acordou para avisar que ele havia chegado. Me arrumei super rápido e fui encontrá-lo. O café da manhã não havia sido servido ainda e tínhamos uma viagem até o início de nossa aventura: o Pico do Orizaba.

O vulcão Pico do Orizaba ou Citlaltepetl (que significa estrela da montanha) é a montanha mais alta do México e a terceira maior da América do Norte. Ele também é o terceiro vulcão mais alto do hemisfério ocidental porém encontra-se inativo (o que não significa extinto – sua última erupção foi em 1687). O Pico do Orizaba possui 5.610m de altitude e está localizado na fronteira dos estados de Veracruz e Puebla. Existe mais de um caminho para se percorrer até o topo e eu escolhi o que se inicia por Tlachichuca. Quem nos ajudou a fazer esse passeio foi a empresa Servimont – http://www.servimont.com.mx/en/ – mais precisamente Gerardo Reyes – que me orientou sobre tudo quando estava ainda no Rio de Janeiro, indicando ir a montanha por Tlachichuca por ser o lado mais bonito da subida.

Na viagem entre Orizaba e Tlachichuca podíamos ver paisagens lindas tendo como pano de fundo o Pico do Orizaba e seu cume nevado.

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Chegamos no vilarejo de Tlachichuca e não tivemos dificuldade em encontrar a Servimont. Ela funciona numa antiga fábrica de sabonetes e é uma volta ao passado ver as antigas máquinas que ali se encontram.

Ganhamos lanches do Gerardo e já me antecipando um pouco fiquei super triste de não ter comido com ele na volta do passeio. Mas depois eu explico porquê.

Depois de comprarmos mais água para estarmos totalmente abastecidos, pegamos uma jardineira 4 x 4 que nos deixou aos pés da montanha. Quem dirigiu o carro foi o filho do Gerardo e um guia nos acompanhou na primeira etapa desta aventura (fato que nos deu mais assunto foi que a filha do Gerardo fez intercâmbio na Puc-RJ! O mundo é super pequeno né!).

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Início da Caminhada

Adrenalina me deixou morrendo de calor apesar da baixa temperatura

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Morta com a altitude

Altitude pesava de todos os lados. Primeira coisa que eu pensei: “Meu Deus não vou conseguir caminhar nem  minutos! Vim até aqui a toa!”

Mas de repente veio uma força dentro de mim, que eu sequer sabia que existia.

Neste pico aprendi a ter perseverança, a ir sempre um pouco mais, mas principalmente saber que quando o ar lhe falta, respire fundo. Então quando a paciência nos falta, a falta de vontade ou qualquer outra coisa, respire fundo quantas vezes forem necessárias até seu corpo se reacostumar a essa nova situação. Tenha certeza que ele vai reacostumar e você vai conseguir! Somos seres adaptáveis. Só temos que dar tempo ao tempo! Para vocês terem uma ideia comparativa, o maior pico do Brasil é o Pico da Neblina com 2.993m. Não cheguei ao topo do Orizaba, mas cheguei a 4.000m!

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Eu lembro que em um determinado momento o guia me falou: Bianca vamos voltar já está bom – mas eu não conseguia ver o pico ainda… Descansava um pouco e depois avançava. Num determinado ponto pude ver o pico e fiquei deslumbrada. Tinha um morrinho logo a frente que se conseguíssemos ultrapassar, a vista melhoria a beça. Esse morrinho foi meu topo do Orizaba. Sabe aqueles 300m que parece a vida? Foi assim até alcançá-lo.

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Meu Pico

O pior foi a volta. Oscar pensou que eu não ia conseguir voltar e já estava arquitetando como me carregar. Na verdade eu andei no automático. Não conseguia parar, dava tremedeira nas pernas. Quando finalmente chegamos a base senti uma dor de cabeça insuportável, provavelmente devido a escassez de oxigênio.

Fiquei chateada porque o Gerardo havia preparado algumas guloseimas, mas com minha dor de cabeça insuportável tudo o que eu queria era ir para o hotel. A próxima parada foi em Puebla, onde eu havia reservado um hostel, mas com todo meu mal estar nem o procurei – fui direto para um hotel para dormir e me recuperar de toda a aventura <3!

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México- Veracruz, Xico, Coatepec, Orizaba – 14.09.14


No dia seguinte fui acordada por volta de 7h da manha por um animado grupo do hotel.

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O tempo estava chuvoso. Fiz meu primeiro café na varanda da barraca, com café quentinho e depois fui para o café da manhã esquisito com uma conotação portuguesa. Na minha primeira viagem ao México eu estranhei muito o café da manhã: eles comem frijoles (os feijões fritos), guacamole (creminho de abacate), bacon, salsicha, difícil achar pãezinhos, frios e bolos.

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Tomei banho e fui para o “refeitório”, porém adivinhe quem eu encontrei no meio do caminho? Um sapo ou perereca ou rã ou sei lá o que! Corri muito!!! Depois fiquei com medo de voltar a barraca, fiquei com medo de entrar na barraca. Quando você vê o animal dá medo mas é ok. Quando você não o vê, dá pânico!!! Ele pode aparecer a qualquer momento. Lá no hotel tem vários cães para espantar sapo :p

Eu tinha agendado um rapel de 25m que fica próximo as instalações do México Verde que seria mais ou menos equivalente a um prédio de 7 andares (já é alto, né?). Mas adivinhem – estava com tanta coragem que pedi para trocar pelo rapel de 85m (um prédio de 25 andares!!!!). O morro para fazer este rappel fica na cidade (ou seria vilarejo??) de Xico. Felizmente fui adotada pela família Rullan/Santaella que me deram muita força. Pensei que não ia sentir tanto medo porque já tinha feito rapel (sim chorei da outra vez que fiz em Itaipava, mas já sabia o que viria, como era se algo saísse errado…), e além disso me pareceu mais seguro porque se acontece algo o instrutor tem mais controle que no rafting por exemplo. Pois bem, coloquei todo o equipamento e quando comecei a treinar os movimentos para descer… tcharannnn: comecei a chorar Não conseguia manipular as cordas para descer ou frear… eu não tinha força. Como era uma altura muito grande, os equipamentos eram diferentes do pequeno rapel que eu havia feito no Brasil.

Foi aí que veio a grande lição do meu instrutor Rafael: podemos fazer tudo o que quisermos, se esta for realmente nossa vontade. Porém as vezes precisamos de uma ajuda. Então ele disse que desceria o primeiro nível comigo (uns 2m). Ainda assim fiquei com medo porque eu realmente não tinha força. Foi então que ele sugeriu que eu descesse pela corda de segurança. O medo ainda existia mas sentia confiança em descer e desci. Lição daquele domingo 14/09/2014: precisamos uns dos outros e se tivermos limitações, com com adaptações podemos chegar aonde quisermos!

O pessoal tirou muita foto minha chorando, mas ninguém me mandou!

As fotos que eu tenho foram as que eu tirei da máquina descartável a prova d’água que eu havia comprado. Agora tenho uma máquina a prova d’água, mas realmente eu não teria como tirar foto minha.

Este era o costão ao lado de onde desci de rapel em Xico.

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um pouco antes do rapel

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Foi verdadeiramente um grande desafio descer. Caminhamos bastante para voltar mas valeu a pena. Após todos descerem fomos almoçar e experimentei um prato típico mexicano: mole. Mole é um molho de chocolate apimentado que é posto sobre o frango. Comi com arroz vermelho (arroz cozido com tomate/molho de tomate). É bem gostoso. Quando fui a Puebla comprei potes deste molho e trouxe para o Brasil.

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Almoço depois do rapel
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Mole Poblano que fiz em casa!

Depois do almoço fomos para o Museu do Café localizado em Coatepec. No caminho comprei 2 garrafas de  torito, uma bebida típica da região feita  artesanalmente: aguardente, leite e fruta. Uma delícia. Pude experimentar vários sabores, mas comprei de amendoim e framboesa. Ao longo da viagem comprei tanta coisa que experimentei… Aliás esta foi a primeira e única viagem até hoje que trouxe (na verdade comprei lá) uma mala só de comida! Vou fazer um post destacando apenas as comidas, afinal não só de tacos, nachos e guacamole vivem os mexicanos!

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Este museu é bem legal. Vamos a plantação do café e vemos cada um dos passos que o café é submetido até chegar as nossas xícaras – incluindo a parte do ensacamento e armazenagem. É realmente muito interessante.

Chegamos no hotel muito mais tarde do que eu gostaria. Eu já havia feito o check out e iria até Xalapa (ou Jalapa??) pegar um ônibus até Orizaba (a viação ADO faz esse percurso e o preço da passagem é MXN 240), meu próximo destino, onde encontrei meu amigo Oscar Cárdenas para mais um dia de aventura <3.

Cheguei  em Orizaba era mais de meia noite.

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México- Veracruz e Jalcomulco- 13.09.14 –


No sábado acordei o mais cedo que pude. Tinhas minhas últimas horas em Veracruz antes de ir para Jalcomulco, mais precisamente no hotel Mexico Verde, um resort de aventuras. Não sei como consegui achar este hotel, mas de uma coisa eu tenho certeza: voltarei um dia com a Stephanie!

Mas vamos voltar as últimas horas em Veracruz.  Peguei um táxi e fui conhecer Boca del Rio, que é como se fosse a Barra da Tijuca de Veracruz. Muitos condomínios de casas belíssimas em frente ao mar. Cheguei lá por volta de 7h da manhã e fiz uma boa caminhada na praia. A praia não tem areia e não parecia muito apta a mergulhar (fora o fato do mal tempo que peguei nestes dias!).

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Primeira observação: não há pombos no México, há cuervos!
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Frida Khalo na orla de Boca del Rio!
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Que nunca nos falte: Amor, Honra e Verdade – Bem ser, Bem fazer, Bem estar, Bem comum! – Monumento em Boca del Rio

No final da orla há um monumento em homenagem a cultura Papantla – os homens voadores: um ritual indígena criado para pedir que Deus acabe com a seca.  O ritual consiste em uma dança, onde se escala um poste de 30 metros a partir da qual quatro dos cinco participantes, jogam-se amarrados com cordas para descer até o chão.  O quinto permanece no topo do mastro, dançando e tocando flauta e tambor. Vi este ritual ao vivo quando fui a Teotihuacan (cidade antiga onde ficam as pirâmides astecas!) e é bem legal!

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Depois da caminhada fui tomar café da manhã num lugar bem famoso no México: Gran Café La Parroquia: um café datado de 1750! Tradicionalmente as pessoas pedem café com leite (dizem que essa combinação foi inventada pelos holandeses, vocês sabiam?!). Enquanto o garçom “derrama” o leite sobre o café, batemos a colher  no copo nesta cafeteria. É muito legal!

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Comi correndo e voltei para o hotel. O transfer para México Verde já estava me esperando. Se você quiser ir ao resort México Verde, a melhor opção é ir de avião até Xalapa ou Jalapa (é o mesmo lugar!). Uma curiosidade a pimenta jalapeña não é produzida em Jalapa – fiquei arrasada – não entendi nada sobre essa falsa alusão!

Conheci o México Verde no Brasil, quando fazia uma busca de Rafting próximo a Veracruz. Eu queria aventura e diversão nessa viagem – e o México Verde é uma grande família onde você certamente encontrará isso. Fui imensamente bem recebida – havia explicado para a menina qual era minha situação, que estava viajando sozinha, mas não queria me sentir sozinha.  O México Verde oferece as seguintes atividades:

  • Outdoor Training
  • Bicicleta em Trilha
  • Escalada
  • Gotcha
  • Caiaque
  • Rafting
  • Rappel: tem 2 possibilidades com alturas diferentes: 20m  e 50m (este em Xico)
  • Tirolesa
  • Trekking Aquático
  • Canionismo
  • Tour Museu Café
  • Banho de Temazcal
  • Sandboarding (em Chachalacas, a 50km de Veracruz)

Eu fiz rafting, rappel e o tour do museu do café. Queria ter feito o banho de Temazcal, mas não consegui porque não tive tempo (porém consegui fazer o banho quando fui em Puebla – vou contar como foi!!!)

Cheguei  no hotel próximo a hora do almoço – são quase 2 horas de Veracruz até o hotel que fica no município de Jalcomulco. O hotel oferece todas as refeições para quem se hospeda e é possível fazer as atividades sem se hospedar. Esse hotel é um acampamento de luxo, e vocês perceberão isso com as fotos das acomodações:

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Minha barraca!

 

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Lateral da Barraca
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Varandinha

Banheiro dentro da barraca, isso que é acampar em grande estilo!

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De onde vem a água quente!
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Minha cama!
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Varandinha!
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Várias Tendas/Barracas

Depois de deixar minhas coisas no quarto, fui para piscina para relaxar um pouco antes do almoço e do rafting que fiz naquela tarde.

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Quando os instrutores do rafting começaram a ensinar o que fazer pensei… o que estou fazendo aqui! Morro de medo disso, porque resolvi me desafiar a enfrentar isso ???? Foi aí que comecei meu segundo desafio do México, após conseguir “domar” os golfinhos.  Pegamos o transporte até o rio e foi um momento de super reflexão. Ainda dava pra desistir. Mas onde fica a superação??? Te digo que o rafting para mim foi um excelente treinamento. Treinamento de liderança e trabalho em equipe. Agradeço meu instrutor Oscar Ortega Gomes por toda segurança que me passou. Sem VOCÊ eu não teria conseguido. Acho que isso é ser um líder de verdade, passar segurança a equipe, mostrar que todos podem, coordenar um grupo tão heterogêneo. Queria agradecer a toda minha equipe. É uma pena que eu não tenha pego contato deles, mas Defenhos Sarah, Maurício, Fernando e Alejandro, onde quer q vcs estejam saibam que aquela tarde ficará na minha mente, em minha memória para sempre. O nosso trabalho em equipe, toda nossa coordenação, força e coragem que vocês me deram! Me fizeram pular no rio! E Oscar você tem toda razão: fiquei boa parte com pezinhos de águia no meu ponto de segurança porque estava com muito medo de cair em qualquer tranco! Passamos pelas portas do inferno e saímos ilesos!!!!! 

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Nosso Grupo: Sarah, Maurício, Oscar, eu, Alejandro e Fernando

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Voltamos revigorados querendo ir de novo! Nos momentos calmos do rio foi terapêutico, cada um contando sua história. Nos momentos tensos gritei muito, mas não desisti jamais (até porque não daria rs), não chorei (no rappel eu chorei, vocês saberão).

Voltamos para o hotel, tomei um bom banho e fui para festa que havia lá. Era o final de semana de independência do México e todos estavam muito animados. Comi espiga de milho com maionese entre outras coisinhas típicas. Cambaleei até minha barraca (dica levem lanterna!!) e dormi profundamente até o dia seguinte <3!

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Publicado em México

México- Veracruz – 12.09.14 –


Meu primeiro dia efetivamente em Veracruz começou bem cedo. Apesar do cansaço, a diferença de fuso fez com que eu acordasse as 6h da manhã local e mesmo sendo verão estava bem escuro. O dia começou a clarear eram quase 9h !

O tempo estava bem ruim, o que desanima um pouco numa cidade litorânea. Havia pesquisado o que tinha em Veracruz e encontrei os seguintes pontos turísticos: carnaval (semelhante ao do Rio de Janeiro – em fevereiro), Forte de San Juan de Ulua, Aquário de Veracruz, Malecon, Voladores de Papantla, Museu Histórico Naval, Paplanta, Totonal.

Peguei um táxi em frente ao hotel e pedi para ir ao Aquário de Veracruz. Em frente ao aquário havia algumas pessoas vendendo um passeio de barco até “Cancuncito” e Isla de los Sacrificios.. O barco era bem velhinho, porém todos tinham colete salva vidas. Me diverti bastante. Neste passeio comecei a fazer coisas incríveis para mim, como por exemplo pegar uma estrela do mar que não se mexe (que era ok!) e uma que se mexia, muito nojenta!

Estrelas do Mar em Cancuncito (banco de areia no meio do mar aberto próximo a Isla de Sacrificios) – uma das reservas de recifes mais importantes do Golfo do México. Esta área é protegida pela secretaria de meio ambiente e recursos naturais do México e não podemos levar se quer uma conchinha de recordação.

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Isla de Sacrificios

 

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Peixes de Cancuncito
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No barco rumo Cancuncito
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Ensopada voltando de Cancuncito – Peguei muita chuva!

Fiz amizade com algumas pessoas que estavam no barco que eram da cidade de Puebla (que vamos conhecer também!) e esperamos a chuva diminuir para irmos ao aquário de Veracruz (o aquário fica do lado do desembarque do barco, mas esses novos amigos queriam pegar uma coisa no carro e por isso ficamos conversando um bom tempo – mais de 2 horas!). Me arrependi um pouco, porque no final fiquei sem paciência de esperar, comi na lanchonete no shopping onde fica o aquário e acabei entrando sozinha para visita. A entrada para o aquário custa MXM 120. Antes de entrar resolvi comprar um ticket para nadar com os golfinhos. Porém diferente do que fiz em Cancun, resolvi comprar o programa completo oferecido. O pacote completo custava MXM 999 e conforme fui adentrando o aquário, minha coragem foi indo embora.

Diverso peixes, medusas, pinguins, tubarões, lobos marinhos e até pássaros são as atrações do aquário. No final do aquário há um grande tanque onde há as apresentações com golfinhos e onde são feitos os nados com golfinhos.

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Quando cheguei no final do aquário, havia um formulário para eu preencher antes de entrar no tanque dos golfinhos.  Eu avistei o tanque e senti muito medo. Ele era muito profundo. Tinha uma arquibancada para os visitantes verem o nosso momento. Tinha um termo que o aquário não se responsabilizava se não soubéssemos nadar (aí pensei: não vamos estar de coletes? como assim não se responsabiliza se não sabemos nadar?!). Pânico. Falei com uma das atendentes que não queria mais. Ela me perguntou porque e falei dos motivos acima. Ela me tranquilizou falando que havia aquela cláusula porque não havia lugar para colocar o “pezinho” de semi apoio em lugar algum do tanque e tem muitas pessoas que não sabem nadar nem um pouquinho, não sabem boiar e ficam desesperadas quando percebem como é o tanque. Fiquei aliviada, mas ainda com receio. Chegou a hora de nos encontrarmos com os golfinhos. Fiz amizade com as meninas e tinha gente de todo tipo (inclusive do tipo que vestiu a roupa de mergulho oferecida sem biquíni).  No final eu tive que dar apoio para uma menina que estava apavorada com medo de afogar no tanque  (sim, tique dar meu ombro pra ela rs e puxá-la pelo braço). Adorei, acho que vou fazer todas as vezes que eu tiver oportunidade. Desta vez estava meio agoniada de dar beijo no delfine, não rolou uma química. O último exercício era a famosa surfada nos golfinhos. Estava semi decidida a não ir (muito medo!!!), mas o pessoal me convenceu e eu adorei! Gritei muito, bebi muita água quando ele me arremessou no tanque!

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Em Cancun o delfinário que fui vendia um CD com todas as fotos e filmagem. Em Veracruz eles vendiam fotos individuais impressas e por isso acabou ficando um pouco caro. Saí de lá já de noite e detonada. Fui para hotel descansar um pouco, mas meu cochilo durou mais de 8 horas. Acordei mais de meia noite e sem ideia de onde podia ir e acabei ficando no hotel planejando meu próximo dia.

Publicado em México

México- Veracruz – Set-2014


Minha ideia de fazer um blog surgiu da viagem que fiz ao México em Setembro de 2014, porém só o criei 1 ano depois.

Hoje vou começar a compartilhar com todos vocês uma viagem repleta de coisas diferentes em um estado do México que não tem propaganda no Brasil: Veracruz.  Já conhecia Cancun, Cidade do México, Acapulco, Taxco, Guadalajara, Tequila… Comprei a passagem por um motivo, mas um tempo após comprar a passagem, ir a Veracruz já não fazia sentido apesar de ter alguns amigos mexicanos. Eu tinha uma passagem que havia custado BRL 1.000 e 2  possibilidades: gastar BRL 800 para desmarcar ou encarar a viagem. Entrei no site da Aeroméxico e vi o seguinte anúncio: A Aeroméxico pode levar você  a Veracruz, um dos melhores lugares a se conhecer no México – Aí pensei – por que não conhecer?

Essa viagem fiz sozinha, foram 5 dias no México e conheci: Veracruz, Jalcomulco, Tlachichuca – Orizaba, Puebla e voltei a cidade do México para entrar no museu da Frida Khalo, porque não consegui ir a primeira vez que fui a cidade.

Não queria deixar de registrar que conheci duas historias legais no voo, pena que  não peguei o facebook de nenhum deles. O voo saiu do Rio de Janeiro às 10:15 da manhã. Primeiramente conheci o Pierre, um canadense que fala super bonitinho português e vive com a esposa que é brasileira em Juiz de Fora há mais de 20 anos. Ele estava indo visitar a neta que mora em Ottawa e trocamos varias histórias de viagem. A segunda pessoa que conheci foi quem dividi 10h de companhia: Hugo Leonardo, um mineiro super simpático que estava andando de avião pela primeira vez para visitar o filho que está estudando medicina veterinária pelo programa Brasil sem Fronteiras na Califórnia. Além de varias atribuições, ele é médium e faz um programa bem legal em um centro espírita em Cataguases – conversamos a beça, quase não dormi no voo. Um pouco antes de chegar a Cidade do México (a Aeroméxico tem voos diretos do Rio de Janeiro a Cidade do México – lá fiz uma conexão a Veracruz – uma observação importante que todos os voos com conexão na Cidade do México tem as malas revistadas no raio x – então as pessoas tem que pegar a mala, passar no raio x e despachar novamente da sala de embarque), passamos por algumas turbulências. Fiquei com pena do Hugo  – houve uma turbulência tipo queda livre e todo mundo gritou… que medo! Chegando no aeroporto a primeira iguaria que comi foi uma empanada de chispas con chilli. Muito bom!

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Ainda no avião antes de desembarcar na Cidade do México, fui informada que haviam mudado o horário da minha conexão, pois 0 intervalo era curto (apenas 1h) e a companhia achou  muito arriscado (apesar de terem me vendido desta forma). Chovia muito na Cidade do México e fiquei mais de 2 horas esperando o próximo voo a Veracruz.  Veracruz é o nome da cidade que desembarquei e está localizada no estado de mesmo nome. Porém o nome da capital do estado é Xalapa ou Jalapa. Foi super confuso estes dois nomes para a mesma cidade: eu procurava aeroporto e não achava e pensava… não é possível a capital do estado não ter aeroporto.

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Cheguei ao aeroporto de Veracruz passava de meia noite. No mês de setembro o Brasil está no horário normal e o México no horário de verão. Com isso o fuso horário era de 2h. Estava super cansada e na minha programação que queria fazer coisas diferentes, havia resolvido me hospedar em um hostel o que foi uma péssima ideia. Estava chovendo muito em Veracruz. Infelizmente não lembro o nome do hostel, mas felizmente fui pesquisar no site  onde reservei Hostel e não o encontrei, então vocês não entrarão na mesma cilada. Imaginem a situação: 14 horas viajando, um trapo humano chegando no hostel.  Primeiro parecia que não tinha ninguém para me atender. Depois de uns 5 minutos, apareceram uns hóspedes que abriram a porta. Eu havia reservado um quarto feminino com ar condicionado no térreo. O rapaz que trabalhava lá apareceu e disse que não tinha vaga neste quarto, mas poderia me colocar ou num quarto misto com ventilador no térreo ou em um quarto feminino com ventilador no primeiro andar (escada, claro). Aceitei o quarto feminino. Arrastei-me com a mala e chegando lá tcharánnnnn: não tinha luz! Falei com o rapaz que não tinha luz. Ele falou que havia mais uma opção no andar de cima. Arrastei-me novamente e tcharaaaannn: tinha goteiras… acho que devia até ter ratos, mas não fiquei tempo suficiente para encontrá-los. Pedi a senha do wi-fii e fui caçar um hotel. Pedi que o rapaz da recepção chamasse um táxi e gentilmente (só que não!!) ele falou para eu ir até a rua para conseguir. Era mais de 1 hora da manhã, chovia a beça e fui lá eu caçar um táxi e pedir a Deus que conseguisse sair dali o mais rápido o possível. Nem acreditei que consegui um táxi em menos de 5 minutos, o taxista foi super atencioso e me levou ao hotel que eu havia visto na internet mas não sabia se teria vaga. O taxista só foi embora depois de conseguir fechar tudo com o hotel Vera Cruz Centro Histórico (fui super bem acolhida!).
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Chuva no Aeroporto
Uma coisa que gostaria de registrar que essa questão do hostel foi o único inconveniente. De resto posso dizer que essa foi uma das melhores viagens que fiz, que cada dia foi um aprendizado, como vocês verão nos próximos posts. ❤