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Peru – Lago Titicaca – Isla Taquile – Décimo Primeiro Dia – 01/08/2015


Depois do susto do dia anterior, Stephanie passou bem a noite. Tínhamos um passeio marcado para as 07:30 da manhã para isla Uros e Taquile, mas achei melhor não acordar a Stephanie, por tudo que tinha acontecido na noite anterior. Quando deu o horário do passeio, o guia nos interfonou no quarto e a Stephanie ficou louca porque disse que não íamos mais: resumo da história: tive que arrumar as malas, nos arrumar e agilizar o check out e café da manhã em 10 minutos. Nem sei como consegui, mas logo estávamos no transporte para pegarmos a embarcação que passaria por Uros com destino final Taquile.

Água transparente do Lago Titicaca
Água transparente do Lago Titicaca

Antes de conhecermos a ilha, fizemos um passeio num barco menor,  onde uma criança cantou para a gente. O que me impressionou foi que ela cantou Michel Teló (nem sabia que havia 2 brasileiras no barco!). A energia elétrica não chegou a ilha, mas o Michel Teló sim. Isso não é  i m p r e s s i o n a n t e???

Ela cantou e depois pediu contribuição das pessoas. Não era uma cantora, nem tinha uma voz que nos admirava. O que me admirou realmente foram as músicas que ela cantou.

O barqueiro nos ofereceu totora para comer (lembram que as casas, o chão da ilha, os artesanatos, enfim… tudo é feito de totora). Eles comem como se fosse banana. Experimentei mas não gostei!

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Chegamos a Uros e tivemos novamente uma explicação sobre a ilha (visitamos a isla Purimita, que abriga 10 famílias). Esta não tinha um presidente como a ilha que havíamos visitado no dia anterior.Nos mostraram como uma ilha é construída com a totora, assim como suas casas e sua alimentação. Houve até demonstração de como os gatos adoram totora!

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gato comendo Totora!

Eles cantaram para nos recepcionar uma música que dizia como estavam felizes com a nossa presença. Após todas as apresentações, haviam representantes que no escolhiam para mostrar suas casas e conversarmos um pouco.

Quem me recepcionou foi a Mari, uma adolescente de 15 anos. Ela já não estuda mais, ajuda sua família na produção de artesanatos para turistas. A realidade deste povo eh tao diferente da nossa… Aos nossos olhos uma vida muito dura… É uma vida simples, onde não ha roubo, inveja, diferenças sociais entre eles…

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Eu e Mari
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A mãe da Mari

Após conhecermos a casa, que era super simples, só cabia a cama e tinha algumas coisas penduradas na parede, fomos conhecer o artesanato de cada família.

Diferente da ilha anterior que era uma cooperativa, e os artesanatos eram bem padronizados, em Purimita, percebi diferenças entre um “stand” e outro, o que me deu certa pena. Eu queria comprar artesanato da Mari, mas achei eles feios além de caros. Mas via que outras famílias tinham materiais mais legais (ainda assim bem caros!).

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Logo após as compras, voltamos para o barco rumo a Isla Taquile!

Ficamos mais de 2 horas no barco até avistarmos a ilha. O lago já fica 0 3800 m de altitude, a ilha chega a 4000m! Imagine como foi subir até a vila! O guia havia dito que em 15 minutos chegaríamos, mas eu e Stephanie demoramos mais de meia hora, muita água, muito descanso!

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Entrada para Taquile

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Caminho até a vila

Tivemos a sorte de irmos na semana da festa de São Tiago (25 de Julho a 5 de Agosto), com danças típicas na plaza.

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As roupas das pessoas da ilha falam sobre seu estado civil. Por exemplo, uma mulher com saia colorida que dizer que ela é solteira.

Vimos as danças e fomos almoçar na casa de uma família. As opções de comida que tinham era peixe ou omelete, sendo que o omelete não tinha queijo.

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Voltamos para o barco pelo outro lado da ilha. Descer sempre foi mais fácil, mas ainda assim tive dificuldade porque na descida tinha muitas escadas e devido a altitude me sentia zonza, o que fez com que novamente eu tivesse que parar várias vezes para me estabilizar.

Dicas para o passeio:

  1. Por mais que a previsão mostre uma temperatura de  3 C, você pode acreditar que estará muito quente (não em Puno, mas nas ilhas…)
  2. Segurar casaco é difícil, segurar o corpo a 4.000m de altitude é ruim! Cansa muito! Os guias recomendam que você deixe os casacos no barco.
  3. Use muito protetor solar!
  4. Se você for chato para comer, leve uma fruta ou algo assim, porque não encontrará opções de refeições

Voltamos na ilha, fomos para o hotel pegar as malas. Nosso voo de volta estava previsto para as 21h em Juliaca. Infelizmente o voo atrasou quase 3 horas. A LAN comprou lanche para todo mundo no aeroporto, mas foi uma noite bem cansativa. Chegamos no hotel em Lima mais de 3 horas da manhã. Neste dia, tentei novamente fazer o voo de parapente, mas o céu estava novamente fechado para voo devido apresentação da esquadrilha da fumaça. Eu e Stephanie vimos a apresentação, almoçamos no restaurante La Trattoria di Mambrino no Larcomar. Nosso voo era a noite e passamos a tarde dando comida para os gatinhos da Plaza Kennedy, uma coisa inusitada e que a Stephanie adorou! E assim terminou nossa aventura no Peru ❤

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Peru – Puno – Lago Titicaca – Décimo Dia – 31/07/2015


Antes das 6h estávamos no aeroporto de Cusco rumo ao aeroporto de Juliaca. Nosso destino final era Puno, cidade a beira do lago Titicaca.

Diferente de nossa chegada ao aeroporto de Cusco, onde não havia táxi, não havia nada, no aeroporto de Juliaca fomos interceptadas por várias vans que faziam o transfer até Puno. Eu havia entrado em contato com o hotel que nos hospedaríamos em Puno (mais uma Casa Andina!) e nos cobraram USD 100 pelo transfer. Achei super caro e resolvi tentar a sorte no aeroporto e foi o melhor que fiz. O transfer saiu por PEN 10 por pessoa e nos deixaram na porta do hotel.

Antes de fazer essa viagem, um amigo do trabalho havia dito que uma amiga dele tinha ido a Puno e ela só falava que lá era uma grande favela. Tive a mesma péssima impressão. A cidade é super estranha e a primeira vista era pior ainda. Meu planejamento inicial era chegar na sexta feira de manhã e ficar até sábado a noite e se possível passar a noite na isla Uros. O período que passei lá foi exatamente este, que achei perfeito, mais tempo seria realmente demais.

Se Cusco era alto, imagina Puno. Esta cidade fica a 3.827 m acima do nível do mar. Como saímos do aeroporto de transfer, acabamos dando involuntariamente uma voltinha na cidade, e o que eu via era muita pobreza, um lugar super feio, e um enjoo/ dor de cabeça horroroso. O motorista da van perguntou se eu já tinha passeio comprado e me ofereceu um passeio no dia seguinte para Isla Uros e Taquiles por PEN 90 eu e Stephanie.

Nos acomodamos no hotel, tomei um bom banho e fui deitar um pouco pois não estava nada bem. Nisso já não pensava mais em passar a noite na isla de Uros. Por volta de 13 horas pedi uma indicação de algum lugar para almoçar e foi quando andarolamos pelo centro da cidade. Almoçamos no La Casona, que é um bom restaurante e comemos massa. Lá tinha Cuy bem mais barato que em  Cusco.

Depois do almoço pegamos um tuk tuk (lembra do triciclo que tinha em Ica?!) até o porto de Puno. Em frente ao porto há um feirinha de souvenier e várias agências que vendem passagem de barco até as ilhas. Por PEN 10 pegamos um barco para uma das ilhas de Uros, para conhecer as famosas ilhas flutuantes.

É bem impressionante como tudo é feito de totora! Conhecemos o presidente de algumas ilhas, que explicou o funcionamento das ilhas comandadas por ele. O artesanato por exemplo (todo em totora) funcionava como cooperativa e não importava qual stand comprássemos, a renda era revertida para todos os moradores daquele grupo de ilhas.

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Barco turístico feito de totora

Um outro ponto impressionante é como o a água do lago é límpida! Se pensarmos em toda miséria que há ao redor, como não contamina a essência do lago!

Nossa primeira visão do lago Titicaca
Nossa primeira visão do lago Titicaca

Com essa ida rápida e não programada deu para termos nossa primeira impressão das ilhas e conhecermos o principal ponto turístico desta cidade tão maltratada a primeira vista.

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Muita totora atrás da gente!
Lago Titicaca!
Lago Titicaca!
Aprendendo um pouco sobre as Islas Uros ou Ilhas Flutuantes!
Aprendendo um pouco sobre as Islas Uros ou Ilhas Flutuantes!
Artesanato nas Ilhas Flutuantes! Tudo de totora!
Artesanato nas Ilhas Flutuantes!
Tudo de totora!
A ilha!
A ilha!
Lago a vista!
Lago a vista!

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Cabana de Totora por dentro
Cabana de Totora por dentro

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Símbolo Inca construído em Machu Picchu e reproduzido com totora
Símbolo Inca construído em Machu Picchu e reproduzido com totora

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Voltamos para o hotel e eu voltei a me senti bem mal. Deitei e cochilei um longo período. Por volta de 20h ainda esta me sentindo mal, mas falei para Stephanie que tínhamos que ir a algum lugar comer alguma coisa. De repente quem começou a passar muito mal foi ela. Começou a chorar de dor na barriga, que não estava aguentando. Fiquei super preocupada, parei de passar mal em 2 segundos, liguei para a recepção para pedir um médico e liguei para o seguro que havíamos feito (sempre faço seguro pela GTA). A menina do seguro falou que ia localizar um médico mas avisei que já tinha pedido ao hotel, pois não estávamos numa cidade grande e eu estava muito preocupada. Ela me deu toda orientação para pegar o reembolso dos custos, mas acabei nem fazendo. A consulta custou PEN150. E logo após o médico chegar, graças a Deus a dor da Stephanie já havia passado. Pensei logo em apendicite, mas o médico me explicou que as crises de apendicite são graduais e não agudas de uma hora para outra como foi o caso. Além da direção da dor que não era a mesma. Ele ficou a disposição se ela sentisse algo novamente. Foi um grande susto, rápido ( tudo não demorou meia hora) e intenso!

Pedi um lanchinho no quarto e passei a noite na expectativa que o susto havia realmente passado ou se algo mais iria voltar a acontecer…

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Duas garotas no Peru: primeiros passos para viagem


Olá pessoal! Vamos falar hoje sobre nossa viagem ao Peru. Tenho um amigo da época da faculdade que é peruano e após se formar voltou a Lima. Fazia uns 3 anos que eu falava que iria conhecer o país dele e eis que 2015 foi o ano escolhido.

Vamos compartilhar um pouquinho nossa experiência no Peru.

Antes de pensarmos no roteiro que faríamos fui pesquisar a passagem para Lima. Quando fomos ao México fizemos conexão em Lima, então já tinha em mente que o vôo Taca/Avianca era melhor opção.

Do Rio de Janeiro a Lima o vôo dura quase 6h, e com o benefício do fuso que em julho são de 2 horas, chegaríamos a Lima às 9:25 pois a Taca opera com um unico voo diário as 5:40, ou seja com o dia todo para aproveitarmos.

Com isso em mente comecei a entrar diariamente na http://www.Decolar.com para pesquisar preço de passagem. A primeira dica que dou a vocês é a seguinte: eu pesquiso na decolar.com mas dificilmente compro por este site. Além dele gosto muito de pesquisar no http://www.Skyscanner.com.

Com o tempo eu percebi que a passagem nestes sites sempre é mais cara que no site da companhia aérea mas eu acho uma excelente fonte de busca para acharmos o melhor preço e horário.

Como Stephanie só pode viajar nas férias escolares, e o meu tipo de trabalho dificulta as férias no período de dezembro-janeiro, escolhemos dia 22 de julho para desbravarmos o Peru.

Quando pensamos em Peru, qual a primeira coisa ou talvez a única coisa que vem em nossa mente? MACHU PICCHU.

Claro que teríamos que incluir essa parada em nossa viagem. Mas descobrimos que o Peru é mais que Machu Picchu e Ceviche (que eu não experimentei por não gostar de peixe cru, mas vou apresentar outros pratos típicos).

Após algumas pesquisas na internet e no livro Peru da Lonely Planet chegamos ao nosso roteiro:

Lima x Huacachina (Ica) x Paracas x Lima x Cuzco x Machu Picchu × Lago Titicaca (Puno)

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Após decidirmos este roteiro, comecei a pesquisar o deslocamento entre as cidades. Se você pesquisar por exemplo estes deslocamentos pela decolar.com, você desiste da viagem. A passagem Rio x Lima eu paguei USD 400 (parcela em até 10x). Se você for fora do período escolar certamente pagará menos. O que me assustou foram os preços apresentados para passagens dentro do país pela decolar. O Peru tem um preço diferenciado de passagens para Peruanos e não Peruanos. Peruanos pagam cerca de 50% o valor da passagem… ou seja nós não peruanos pagamos o dobro. Pesquisando uma passagem só de ida de Lima para Cusco pela Decolar.com ficava em em BRL 331+ BRL 341 de encargos e taxas ou seja BRL 674.

Isso me desestimulou muito mas eu não queria acreditar que não poderia ficar mais barato. Vi que as companhias aéreas que operam no Peru são: Peruvian, Avianca e Lan. Entrando no site todas ofereciam valores finais abaixo da Decolar.com mas tive um receio: de me cobrarem taxa por eu nāo ser peruana. Decidi comprar passagem pela Lan que recentemente se fundiu com a Tam (as vendas são feitas no site da Tam o que na minha cabeça reduziria possibilidade de cobrança de taxas extras pois eu era uma brasileira comprando em um site brasileiro). Um último ponto a se colocar sobre as passagens dentro do Peru é a seguinte: se você comprar pela Decolar.com você não poderá parcelar, mas no site da Tam parcela em até 5x.

Falamos um pouco aqui sobre as passagens aéreas e nos próximos posts falaremos sobre cada dia de nossa viagem.

Beijos ♡!