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Maranhão – Feriado de 12 de Outubro – Parte III


Como já havíamos adiantado no post Maranhão – II Parte, nosso terceiro dia começou bem cedo. Às 6:40h o guia da agência Ponto a Ponto já estava em nosso hotel para nos levar as Fronhas Maranhenses. Se vocês forem buscar mais informações sobre este tour, provavelmente encontrarão com o nome Raposa e São José do Ribamar. Esses 2 municípios acrescido de Paço do Lumiar formam a região metropolitana de São Luís, que para os que não sabem é uma ilha.

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Uma outra curiosidade é que a cidade de São Luís fica 2 graus abaixo da linha do Equador. Isso garante águas com temperatura amena e aquecida pelo sol o ano todo!

O horário do passeio é cedo devido a maré. Dependendo de como a maré esteja, o horário varia. E quando nós fomos a maré iria baixar cedo, o que impossibilitaria que fizéssemos passeio de barco (saímos esse horário e em um momento nosso barco encalhou!).

Saímos de São Luís direto para Raposa onde ficam as fronhas Maranhenses. A viagem dura menos de 1h, o guia nos explicou sobre tudo o que faríamos ao longo do dia. Lembram das gêmeas que conhecemos nos Lençóis Maranhenses? Elas estavam nesse passeio também. Engraçado como o mundo é pequeno!

Chegamos ao pequeno porto de Raposa, pegamos uma embarcação e navegamos pelo mangue até chegarmos as Fronhas.

Após desembarcarmos, andamos pelas pequenas dunas (muito menores que dos Lençóis e avistamos a praia). Na alta temporada (junho/julho), entre essas dunas podemos ver lagos como nos Lençóis, mas infelizmente em outubro não havia. Porém, o mar é ótimo, água na temperatura ideal, uma tranquilidade em nos banharmos que não existe mais no Rio de Janeiro. Por isso, digo que a qualquer época do ano, vale a pena!

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Stephanie aproveitou bem a praia sem as preocupações que enfrentamos no Rio de Janeiro

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Ficamos por volta de 40 minutos nesta praia pois a maré iria baixar e não conseguiríamos pegar o barco para continuarmos o passeio. Em seguida paramos em uma faixa de areia que de um lado era água da baía (limpíssima!) e para quem quisesse fazer uma boa caminhada havia a praia de mar. Optamos ficar na baía e aproveitamos bem o banho e o sol.

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Do outro lado dessa faixa fica o mar

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Como já deve ter dado para perceber não há loja, não há nada nesta área. Então é bom lembrar para não esquecer o protetor solar, e um  pequeno lanchinho. O barco possui bebida para venda (água, refrigerante e cerveja).

Por volta de 11h pegamos o barco e voltamos para o porto de Raposa. Apesar de ainda ser cedo, fomos até o restaurante para adiantarmos o pedido do almoço (o almoço só foi servido quase 13h). Neste restaurante tem chuveiro para tirar o sal da praia e vestiário para trocar de roupa. Em seguida fomos para o “shopping a céu aberto” da região. É uma rua onde os moradores vendem artesanato na frente de suas casas.

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Não encontrei nada que me chamasse a atenção. Na verdade fiquei chateada porque não tivemos muito tempo para compras no farol de Mandacaru que eu achei que tinha coisas bem interessantes e ficamos muito tempo neste vilarejo onde não tinha coisas que me chamavam a atenção, além de ser bem caro.

Almoçamos e seguimos para São José do Ribamar. Os pontos turísticos de São José do Ribamar são a igreja com o mesmo nome, o mirante São José, a gruta de Nossa Senhora de Lourdes. Na igreja de São José do Ribamar, os 14 vitrais contam a lenda de um navegador português, a recepção dos índios e a construção da igreja.

Nesta lenda, um navegador português, após ter se desviado de sua rota, esteve prestes a naufragar em plena baía de São José devido uma tempestade. Ele então invocou que o santo o ajudasse. Para agradecer a ajuda de São José decidiu erguer uma capelinha de frente para o mar e levou uma imagem de São José.  Nesta lenda conta-se ainda que, tempos depois, a capela de São José foi reconstruída de frente para a entrada da cidade, contudo, as paredes da nova igreja ruíram inúmeras vezes. Só então os devotos perceberam que a igreja deveria ficar como antes, de frente para o mar. O atual prédio da igreja matriz teve a construção iniciada em março de 1915, sendo concluído dois anos mais tarde.

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Igreja São José do Ribamar – há meio século é feito batismo de carro nesta igreja
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Monumento a São José do Ribamar
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Concha Acústica

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Depois de visitarmos os pontos turísticos de São José do Ribamar (todos ficam em frente a igreja) voltamos a São Luis. Chegamos por volta de 16h no hotel, tomamos banho e fomos ao shopping São Luis para comer, pois como era feriado estava tudo fechado no centro histórico.

Ainda tínhamos uma manhã para tentarmos conhecer um pouco mais da região e havíamos programado este período para conhecermos o centro histórico. Como dissemos no post São Luís – II Parte, nos hospedamos no centro histórico para facilitar nossa locomoção, pois teríamos pouco tempo efetivamente na cidade. Ficamos na Pousada Portas da Amazônia, um casarão antigo, mas bem conservado e mobiliado.

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Andamos pelas escadarias e entre os casarões da cidade. Os muros de azulejos seguem como lembrança portuguesa, porém é triste ver como eles estão mal conservados.

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Visitamos o Museu de Arte Sacra que é muito bem conservado, além de oferecer visita guiada, que é bem enriquecedor. Ele fica localizado ao lado da igreja da Sé. A entrada custa BRL 5,00 e criança até 10 anos não paga. É permitido tirar fotos sem flash.

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Igreja da Sé

Stephanie viu sobre a ocupação francesa, capitanias hereditárias, a história do santo do pau oco, escolas de artes do Maranhão…

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Fomos ao Palácio dos Leões, onde também há uma visita guiada. Pena que não é possível tirar fotos. São móveis antigos belíssimos que estão na área onde é permitido o acesso. A visita também guiada, mas achei que a guia deixou um pouco a desejar. A entrada é gratuita.

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Maranhão – Feriado de 12 de Outubro – Parte II


Nosso segundo dia em Barreirinhas começou cedo: 8h da manhã fomos rumo ao Rio Preguiça. O grupo que estava conosco não era tão legal quanto do primeiro dia, mas encontrei algumas pessoas já conhecidas pelas lojinhas no meio do passeio.

Tomamos café da manhã rapidinho no hotel e pegamos novamente uma jardineira que nos deixou no leito do rio para pegarmos a voadeira (barco rápido).

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Esperando a “voadeira”

O barco tem capacidade de 15 pessoas e todos recebem colete salva vidas.

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Nossa primeira parada no Rio Preguiça foi em Vassouras, um pequeno povoado cheio de miquinhos. Lá encontramos pequenas dunas, barraquinhas de souveniers e bananas para dar aos pequenos macaquinhos. O potinho de banana custa BRL 1. O risco é o macaco pegar o pote e você não perceber (aconteceu com a Stephanie!!)

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Tomamos banho de rio, uma delícia!!

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A parada neste povoado dura de 20/30 minutos, então cada minuto conta!!

Voltamos para a vuadeira e a segunda parada foi no farol de Mandacaru. Tivemos 40 minutos para ficarmos, mas achei muito pouco tempo!

O guia nos orientou a irmos direto ao farol antes que as pessoas que estavam em Vassouras chegassem.Subimos os 160 degraus que equivalem a 35m de altura do farol de Mandacaru ou farol do Rio Preguiça. A vista de lá é simplesmente sensacional. O vento com o banho de rio deu uma bagunçada total nos cabelos (o chapéu disfarçou – o problema era o vento levar o chapéu)!

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Em frente ao farol tem um cajueiro. Eu particularmente nunca tinha visto esta árvore antes!

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O calor estava de matar e havia várias lojinhas que vendiam sorvete. Tomei um de castanha que estava ótimo! Stephanie quis não ousar e foi de chocolate mesmo. Entramos em umas 3 lojas rapidamente, comprei algumas coisas e já estava na hora de retornar para o barco. Muitas lojinhas deste povoado aceitam cartão. Os artesanatos são feitos de fibra de buriti. São bolsas, chapéus, brincos, faixas de cabelo, elásticos (vocês me verão com uma faixa amarela de buriti que foi o que domou meu cabelo!). Vocês já devem ter ouvido falar de buriti pois a Natura tem uma linha de cosméticos de buriti.

Fibra de Buriti
Fibra de Buriti

Nossa próxima parada foi a praia de Caburé. A primeira coisa que fizemos foi ir ao restaurante pedir a comida que demora cerca de 50 minutos para ser servida. Pedimos um prato com camarões. O prato para 2 pessoas custa cerca de BRL 75. Almoço encaminhado, fomos andar de quadriciclo pela praia. Vou explicar um pouco melhor. Neste ponto do rio estamos próximos de onde o rio Preguiça encontra o mar, e por isso há possibilidade de escolher entre banho de rio e banho de mar. Além de vermos o encontro das águas. Para ir ao encontro das águas a melhor forma é de quadriciclo pois é um pouco longe para ir a pé (mas não impossível). O alguel do quadriciclo custa BRL 50 por 30 min.

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Pouco após finalizarmos o passeio de quadriciclo, almoçamos e nos revesamos entre praia de rio e praia de mar. Foi uma delícia! Foi em um destes mergulhos que esqueci que estava de óculos e o perdi, ou melhor, Iemanjá solicitou que eu comprasse novos!!!

Voltamos para o hotel às 15:30h com tempo apenas para arrumarmos a mala e voltarmos para São Luís. O único horário que conseguimos sair através de transfer de Barreirinhas foi 16h (e não há outro!!).  Esse problema dos horários diria que foi o ponto baixo da viagem, Queria ter feito passeio de boia cross no rio  Formiga. Mas isso implicaria em não conhecer as fronhas Maranhenses. Então ficou para quando eu voltasse no mês de junho ou julho (lembra das dicas de viagem? Maranhão Parte I).

Chegamos em São Luís passava de 21:30h de domingo. Eu escolhi um hotel no centro histórico por achar prático para passear nesta área que era um dos meus objetivos (Pousada Portas da Amazônia, reservei pelo http://hoteis.com – http://www.portasdaamazonia.com.br/), já que só teria meio dia para isso na terça feira (meu voo era terça 15:30h, mas isso foi uma confusão a parte que acho que nem terei energia em reproduzir aqui, porém, já tem um advogado cuidando disso) e pelo fato de eu ter lido que todas as praias de São Luis estavam impróprias para banho. Confesso que achei o centro super estranho a noite. Na rua da pousada não trafega carro, são aproximadamente 100m de caminhada. Mas por exemplo se você pedir um táxi, o taxista te busca a pé na porta da pousada e se você solicitar, anda com você até a porta no retorno. Uma outra curiosidade sobre esta pousada é que ela é recheada de gringos, provavelmente devido ao estilo dela: casarão antigo muito bem mobiliado.

Fomos dormir pois no dia seguinte tínhamos um passeio que começava antes das 7h da manhã e precisávamos renovar nossas energias!