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Peru – Lima – Quinto Dia 26/07/2015


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O quinto dia no planejamento inicial iríamos a Nasca, mas resolvi voltar a Lima. O ônibus de Ica para Lima não era tão top quanto o da ida. Tinhamos a poltrona de couro larga e o serviço de bordo. A televisão era 1 para o andar. O retorno foi mais rápido que a ida, pois não era via Paracas. Foram 4 horas de viagem. Chegamos em Lima um pouco antes de meio dia. Da agência de ônibus, fomos diretamente para o hotel (nos hospedamos novamente na Casa Andina). Deixamos as malas e fomos almoçar no shopping Larcomar.

Fomos ao restaurante Tanta que havíamos conhecido em nossa viagem ao Chile. Resolvi abrir o almoço com uma entradinha peruana, mas não gostei muito. Pedi uma “Causa Limeña” que é batata, frango com maionese, ovo cozido, tomate com salada. Vou ser sincera: me foquei nesses ingredientes. Apesar de eu não gostar de tomate, acho tolerável e por isso achei que eu gostaria do prato. O ingrediente que eu não havia focado e que havia no prato é o abacate. Os mexicanos que me perdoem mas não suporte nem o cheiro de abacate. Lembro-me da  infância com massagem capilar de abacate, aquela fruta agarrada no cabelo, aquele cheiro forte. Detesto. A entrada era boa, mas tive que fazer um aparthaid (o abacate que me perdoe!!).

Batata, frango com maiosene, ovo cozido, abacate e tomate acompanhado de salada
Batata, frango com maiosene, ovo cozido, abacate e tomate acompanhado de salada

Como prato principal eu comi raviole e a Stephanie sopa (quando a Stephanie viu o cardápio, foi um tal que não gosto de nada que foi difícil!). Mas quando ela viu meu raviole queria meu prato (e  eu tinha falado várias vezes para ela escolher uma massa).

Canja de Galinha
Canja de Galinha
Bañados en su propio juguito al vino tinto, cremita de mostaza y parmesano
Bañados en su propio juguito al vino tinto, cremita de mostaza y parmesano

Depois do almoço fomos para o hotel, tomamos um bom banho e rua!

A idéia inicial era irmos ao Museu Nacional de Arqueologia e de lá irmos ao Museu do Larco. Eram 15h, pegamos o táxi e por sorte perguntei quanto tempo levaríamos para chegar. O motorista falou que quase 1hora. Pedi desculpas, mas falei que não iríamos mais porque este museu aos domingos fecha as 16h, ou seja, não daria tempo. Dizem que ele é o museu mais bonito e completo de Lima. Infelizmente não conseguimos conhecer.

Postei aqui informações importantes do Museu Nacional de Arqueologia:

Características da visita
Duração da visita: duas horas
Informações em: Espanhol / Francês / Inglês / Italiano

Observações: Última quinta-feira de cada mês o ingresso é gratuito de 17h às 21h e no primeiro domingo de cada mês é gratuito para todos os estudantes

Horário
Terça a Sábado de 9 às 17h

Domingos e feriados de 9 às 16h.

http://mnaahp.cultura.pe/

Restava irmos ao Museu do Larco. No livro Lonely Planet Peru, eles davam a indicação de como chegar ao museu de transporte público, partindo da avenida Arequipa (MIraflores). Eu já sabia chegar a esta avenida e então não hesitei em me aventurar.

Chegando na avenida, avistei dois guardas e resolvi perguntar aonde passava o transporte. Fiquei super triste porque aquela linha não existia mais e para eu conseguir chegar ao museu, teria que pegar 2 ônibus. Agora pergunto a vocês: de quem eu lembrei escrevendo isso no post? Claro que de nosso querido prefeito Eduardo Paes, que estará extinguindo várias linha de ônibus, fazendo com que uma pessoa que more na zona norte do Rio de Janeiro tenha que pegar 2 ônibus para chegar a zona sul e dizendo que está melhorando a mobilidade urbana com esse ato (só se for a mobilidade de quem está de carro! – momento desabafo!!!!).

Acabei me rendendo e pegando um táxi. O Museu do Larco fica em Pueblo Libre e a corrida de táxi partindo de Miraflores custa PEN20. Neste museu encontramos a coleção particular de Rafael Larco, um jovem arqueólogo que em 1926 ajudou a fundar-lo com o intuito de preservar a cultura ancestral peruana. O museu também contempla dezenas de civilizações que viveram no território, como virus, chimus, nascas, incas e cupisniques, entre outras. São objetos de cerâmica, jóias, artefatos têxteis, armas, vestimentas e utensílios de uso cotidiano, organizados cronologicamente e de acordo com o material empregado. Gostei muito dele, achei bem completo, muito rico culturalmente.

Uma coisa que me chamou atenção em geral, mas principalmente no Museu do Larco é que não há informações em português. Somos países vizinhos! Será que eles supõem que qualquer brasileiro ou turista de língua portuguesa entende espanhol? No Larco tinha legenda até em japonês!

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É permitido tirar fotos sem flash em todo o museu.

O museu fica em um enorme casarão com um jardim lindo!

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Características da visita
Duração da visita: duas horas
Informações em: Espanhol / Francês / Inglês / Italiano / Japonês / Alemão

Horário
Segunda a Domingo de 9 às 22h

http://www.museolarco.org

Na saída do museu há um restaurante muito fofo, onde experimentei uma sobremesa peruana chamada Tres Leches e Stephanie preferiu não arriscar escolhendo um delicioso mousse de chocolate.

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Tres Leches: leite condensado, creme de leite e leite pasteurizado
Tres Leches: leite condensado, creme de leite e leite pasteurizado

Quando estávamos saboreando nossos docinhos, meu amigo Manu me ligou para nos encontrarmos mais tarde. Ele estava com seu filho Diogo de 3 aninhos, e aí então tivemos a oportunidade de conhecê-lo.

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Manu, Diogo e Stephanie no Starbucks Larcomar

Nossa noite fechou com mais comilança! Fomos ao Larcomar, as crianças brincaram no parquinho próximo ao Paddington em seguida fomos ao Tony Roma’s comer. A vista deste restaurante é muito bonita e a comida deliciosa!

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Peru – Paracas – Quarto Dia 25/07/2015


Nosso quarto dia como de hábito começou bem cedo, às 6h da manhã. Malas prontas e check out efetuado deixando as malas no bagageiro do hotel. O café da manhã no hotel Mossone (hotel que nos hospedamos em Huacachina) ficou bem a desejar. Sabe quando você não tem o que comentar? Foi como tomar café da manhã em casa – não foi pior… quem me conhece sabe que um copo de leite com nescau me deixa feliz. Não tinha leite com nescau. Não tinha suco. Só tinha pão de forma, manteiga, café. Voltando ao tema leite com nescau, quem tem criança sabe que isso é uma coisa relativamente importante de saber se há ou não. Eu encontrei achocolatado em caixinha apenas em um mercado de Cusco (nas outras cidades não achei!). Sempre encontrava de morango, de banana, mas o chocolatinho foi bem difícil!

Às 7 horas estávamos prontas esperando a van que nos levaria a Paracas e Islas Ballestas. No dia anterior passamos um calor danado em Ica. Para este passeio sabia que estaria um pouco mais frio, mas vou te falar… de manhã estava muitoo frrrrrrio!! A sorte que preparei uma mochila tipo “cebola”. Stephanie estava de vestido, mas eu havia colocado uma calça legging, uma blusa extra e um casaco na mochila. Antes da van chegar, Stephanie já havia incorporado as roupas que levamos. Até a canga virou cachecol!

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A van chegou um pouco depois do que eu esperava e às 07:30 estávamos acomodadas, buscando as últimas pessoas que iriam conosco a este passeio. A viagem de Ica a Paracas leva 1h e às 9h estávamos no porto de Paracas para pegarmos a embarcação que nos levaria até as Islas Ballestas.

Chegando lá tinha realmente muita gente e muitos barcos também. Próximo ao estacionamento há uma lanchonete sem opções rápidas de comida (basicamente só sanduíche quente), e não tínhamos muito tempo para esperar. Em menos de 5 minutos já estávamos no barco. O barco era relativamente grande, cabia mais ou menos umas 40 pessoas. Todos estávamos com colete salva vidas e havia um guia bilíngue (inglês/espanhol) falando sobre o passeio.

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Não passou 2 minutos e todos avistaram um golfinho (todos menos eu!!!!). Pararam o barco e nada de eu ver o bendito golfinho. Quando eu olhava para um lado ele aparecia do outro e foi assim até eu desistir dele.

O primeiro ponto que vimos foi “El Candelabro”. O candelabro é um geoglifo famoso, assim como as linhas de Nasca e calcula-se que exista há 2.500 anos. Explicando claramente ele é um desenho de um candelabro feito na areia que não se desfaz e por isso é um mistério. Num local que há tanto vento, como não se desfaz? Uma explicação razoavelmente sensata que o guia nos deu é porque a direção do vento não vai de encontro a ele. Mas mesmo assim, são 2.500 anos sem se apagar , realmente é um mistério.

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Stephanie e El Candelabro

Vendo “El Candelabro” eu decidi que não iria a Nasca. Achei interessante, intrigante o fenômeno. Mas não achei que valeria USD 300. Acho que o sonho não tem preço. Mas não era meu sonho conhecer. Não estava muito segura em embarcar naqueles aviões (talvez por eu trabalhar em uma empresa de táxi aéreo). Naquele momento, olhei para o candelabro e pensei: não vou a Nasca.

Poucos minutos depois chegamos finalmente as Islas Ballestas. O lugar é lindo. Você estar no habitat natural dos leões marinhos (ou lobos marinhos???) é uma coisa incrível! E a quantidade de aves?  São milhares de aves.  Nestas ilhas são produzidos adubos naturais das fezes das aves – e por um bom tempo este foi o principal produto produzido na no Peru. Acho que vocês poderão ter ideia da quantidade de aves e adubo produzido. Este adubo se chama guano.

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As formações rochosas e os animais são vistas belíssimas, a cada segundo você fica maravilhado. Não sei se por sorte ou azar encontramos 1 pinguim. Só um pinguinzinho.

Uma dica para este passeio é sentar-se a direita. A ilha encontra-se deste lado, por isso a melhor vista (o golfinho que eu não vi estava a esquerda).

Ao fim do passeio desembarcamos no porto, nos encontramos com o rapaz da agência de passeios e ele anunciou que teríamos 30 minutos para andar naquela região.

  Restaurantes Porto de Paracas

Ao redor do porto há muitas barraquinhas de artesanato, mas o que eu mais recomendo é a trufa de chocolate recheada com pecana. Pecana é um tipo de nozes e em relação a este doce posso dizer que vale muito a pena! As moças que vendem chocolate oferecem uma amostra grátis para experimentar a trufa de pecana. Elas vendem caixas com 5 trufas de pecana ou trufas sortidas (passas/figo/pecana/…). Uma outra coisa que vale a pena são pulseirinhas artesanais. Eu comprei uma pulseirinha pra Stephanie no Mercado Inka por PEN 10 que lá era vendida por PEN 2. Olha a diferença!

Saindo do Porto fomos em direção a Reserva Nacional de Paracas. Não sabíamos se poderíamos entrar pois as condições meteorológicas fecham o parque. O grande problema do parque é a velocidade do vento e a partir de um certo limite a reserva é fechada, mas tivemos sorte e entramos. Já eram por volta de 11:30 e já estávamos com calor novamente (Stephanie se desfez de suas camadas de roupa/cebola e já estava só de vestido).

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Museu Reserva Nacional de Paracas
Reserva Nacional de Paracas -ao fundo habitat de flamingos

A reserva por sua vez não teve tanta sorte e no último grande terremoto (2007) foi parcialmente devastada. O museu que lá funcionava está em reconstrução e a formação rochosa chamada de Catedral foi totalmente destruída. Apesar disso a reserva tem paisagens belíssimas e é o habitat natural de flamingos.

Ao fundo habitat dos Flamingos

Na reserva há várias praias (alguns turistas se banham) e restaurantes aonde você come peixe fresquinho.

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Ganhamos de brinde do restaurante um pisco e um leche de tigre para Stephanie. O leche de tigre é uma bebida feita de ingredientes para temperar o peixe e confesso que Stephanie só cheirou – risos (eu também não tive coragem). Para quem quiser saber a receita desta iguaria (por que não?) pesquisei na internet e achei no site abaixo:

http://www.culturaperuana.com.br/leche-de-tigre/

Stephanie tomando leite de tigre e comendo milho de pipoca frito regado a Inka Cola

Stephanie tomando(cheirando) leite de tigre e comendo milho de pipoca frito regado a Inka Cola

E são com as imagens abaixo que nos despedimos da Reserva Nacional de Paracas rumo a Ica novamente.

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Voltando um pouquinho no tempo, na noite anterior resolvi um pequeno probleminha básico: fazer reserva de hotel para este dia que estava chegando ao fim. Bem, como eu disse no post de Huacachina, eu só consegui reserva próximo a lagoa para uma noite e não sabia exatamente o que ia fazer… se tentava reservar algo em Paracas, se iria para Nasca ou ficava em Ica… Entrei rapidamente no app Hoteis.com e reservei o Gran Hotel Ica para 1 noite.

Eu não sei o que falar sobre este hotel… se eu gostei? A resposta é não. Ele apresentou alguns pontos bem críticos. O prédio onde ele se encontra possui outras empresas, mas isso nem é de fato um problema visto que para ir aos andares do hotel, você precisa passar o cartão magnético no elevador.  Porém para você chegar a esse elevador você precisa subir uns degraus… muitos para quem está com uma mala… uma eternidade para quem está com 3 malas, 1 mochila e 1 criança (eram por volta de 15 degraus). O segundo ponto que pecou foi que a água não esquentava o suficiente para o banho que eu estava sonhando. E o terceiro ponto foi o café da manhã que não estava disponível às 7h. Porém tenho que ressaltar que ele fica numa via principal, a duas quadras do shopping Plaza del Sol, que foi onde eu e Stephanie fomos comer a noite. Antes de ir ao shopping, fomos à agência e compramos passagem para voltar a Lima. Não queria ir muito cedo para poder descansar, mas como o ônibus de 10h só tinha lugar no segundo andar, compramos passagens para 7:30h. O valor da passagem foi mais barato que a ida (PEN 60), mas no dia seguinte descobri que o conforto não era o mesmo.

O destaque da noite foi o moto táxi triciclo de Ica que eu e Stephanie chamamos de Tuk Tuk. Manu não sabe de onde tiramos isso! rs – afinal o nome é triciclo – eu acho que uma vez eu vi um veículo semelhante na Índia e o nome era tuk tuk.

Tuk tuk ou moto triciclo???
Tuk tuk ou moto triciclo???

E mais um dia terminou nessa nossa missão de desbravar o Peru ❤