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Peru – Machu Picchu – Oitavo Dia – 29/07/2015 – Segunda Parte


Depois de termos visto as questões de passagem de trem, ticket para entrada em Machu Picchu, vou falar como foi efetivamente ir a este lugar mágico.

Nosso dia começou bem cedo, mais precisamente às 5h da manhã. Os hotéis em Cusco costumam oferecer café da manhã a partir deste horário, pois as pessoas costumam ir cedo, pois a jornada é longa. Nossos boletos de trem eram para o horário de 6:45 e é solicitado que cheguemos com meia hora de antecedência. Essa hora da manhã fazia muito, muito frio em Cusco ( por volta de 5°C!). Aconselho a todos a irem ou com roupas em camada ou que suportem o frio, pois em Águas Calientes estava cerca de 30°C. Na noite anterior fomos a um mercadinho localizado entre o hotel Casa Andina e a Plaza de las Armas e compramos água (4 litros) e biscoito (3 pacotes). Apesar de dizerem que não pode entrar com alimentos em Machu Picchu, ninguém revistou nossas bolsas.

Saímos do hotel extremamente agasalhadas às 05:40. A estação de Poroy não fica próxima ao centro histórico de Cusco. Pedimos um táxi pelo hotel que cobrou PEN 40 para nos levar até a estação e PEN 50 para a volta (combinei horário com o motorista).

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A estação de trem estava lotada! Pessoas de todos os estilos e nacionalidades nos cercavam com as mesmas expectativas e vontade de chegar ao destino final. Entramos no trem e tivemos a sorte de ficarmos  sentadas na direção que o trem andava (não escolhemos as poltronas na compra!). A nossa frente estavam sentadas duas amigas francesas que mesmo sem falar reconheceríamos a nacionalidade (magras, brancas, cabelos curtos, batom vermelho). Meu super francês me garante falar (mas não escrever) je ne parlez pas francoise (deve estar escrito errado, mas não vou revisar!).  Fiquei com pena da posição delas, porque algumas paisagens se eu não avisasse, elas não veriam.

Não demorou muito para começar o serviço de bordo do trem. Primeiramente eles forraram a mesa com uma toalha bem fofa provavelmente feita de lã de llama (alpaca é mais “fino”) com desenhinhos de llamas.  No café da manhã tinha torta de abacaxi, morangos, uma banana maçã (que a francesa achou fofa, pois nunca tinha visto uma banana tão pequena!), uma torta de brócolis (ou qualquer outra verdura, já que não comi). Para beber havia opção de café, água, suco e refrigerante (inka cola, claro!). No trem da volta que era mais simples, o serviço de bordo não tinha toalha de llamas, as bebidas eram semelhantes e para comer você poderia escolher ou um pacotinho de biscoito caseiro doce ou salgado. Peguei 1 de cada e para minha surpresa o biscoito salgado parecia de brócolis (devia ser a sobra da torta do café da manhã!).

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serviço de bordo Peru Rail

Foram quase 4 horas de viagem de trem. A vista é fantástica, realmente muito bonita. Rios, montanhas (até com neve!),  llamas, muitas llamas fizeram parte desta viagem maravilhosa. O trem parou na estação de Ollantaytambo, onde fica o hotel capsula que mencionei no primeiro post de Machu Picchu.

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Vista das janelas panorâmicas do trem

Vista das janelas panorâmicas do trem

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Na montanha a direita fica o “hotel capsula”, próximo a estação Ollantaytambo

Não vi no trem banheiros, mas pela duração da viagem, deve haver. Logo que chegamos a Águas Calientes, fomos ao banheiro da estação, que é bem limpinho. Começamos a tirar toda roupa que foi possível e guardamos na mochila, pois o calor estava de matar!

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Chegando em Águas Calientes

Bem em frente a estação há uma grande feirinha, que vende souveniers e tudo um pouco. Aconselho não esquecerem de levar protetor solar e chapéu, mas se por acaso a memória falhar, nesta feirinha vende tudo isso. Atravessamos a feira para irmos aonde param os ônibus que levam a Machu Picchu. Posso falar a vocês que deveriam ter umas quinhentas pessoas na fila, ou mais! Primeiro você entra numa fila para pagar o ônibus (só aceita dinheiro) e depois a fila para pegar o ônibus. Caso vocês não tenham validado o ticket, deve-se ir a agência de turismo que fica um quarteirão atrás da fila do ônibus.

Eu achei que eu não tinha validado o ticket e fui lá, mas descobri que eles estavam validados. Achei toda essa questão dos boletos de Machu Picchu bem confuso, mas no final dá tudo certo. Uma coisa que aconteceu comigo que percebi em Lima foi que eu não havia impresso os boletos para o parque. Fui no meu email procurar a confirmação e também não encontrei. Quando você entra no site para imprimir (ou no caso reimprimir o boleto) o site pede um número de compra que obviamente eu não tinha, já que não havia nenhum email de confirmação. Liguei para o telefone que havia no site, informei o número do meu passaporte (que informamos na compra). Eles localizaram  com essas informações o meu número de compra para que eu pudesse entrar no site e reimprimir o boleto. Nesta impressão o boleto estava validado.

Por volta de 40 minutos depois de entrar na fila, consegui entrar no ônibus. A viagem durou menos de 20 minutos, mas era um percurso que só pessoas bem preparadas poderiam fazer a pé. Na entrada do parque há um hotel, um restaurante, um guarda volumes e muitos guias tentando te convencer a fazer o passeio com eles. Todos os guias cobram um preço padrão: PEN20 por pessoa ( grupo de no mínimo 5) ou PEN120 para ter um guia particular.

Fiquei aguardando um dos guias que me abordou para entrar no parque, mas a confusão é de louco, muita gente, muitos guias, e a impressão que eu tinha era que não iria entrar nunca. O guia sugeriu que eu deixasse a mochila no guarda volumes e depois descobri que há um guarda volumes dentro do parque pela metade do preço (ok, não são valores absurdos, mas era a metade do preço: PEN 5).

O tempo estava passando e nada do guia entrar. Resolvi fazer uma coisa que poderia ter feito antes. Entrei com a Stephanie sem guia e lá dentro arranjei um. Os valores eram os mesmos que estavam sendo negociados fora do parque.

Com menos de 30 passos você se depara com aquela paisagem linda! E os guias explicam cada tipo de cômodo, rituais, tipo de construção. É uma riqueza cultural que não tem preço!

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A visita guiada durou quase 3 horas! No final subimos para um ponto um pouco mais alto onde todo mundo tira as fotos. Foi bem cansativo, e acabamos não indo no museu. Uma dica que ainda não escrevi é: levem seus passaportes! Você pode carimbar no seu passaporte sua passagem por Machu Picchu. Acho este carimbo uma bela lembrança!

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Para ir embora havia outra fila enorme para pegar o ônibus. Nossa passagem de trem era para 16:45 e podemos dizer que foi o horário certinho para visitarmos Machu Picchu. Chegamos no hotel em Cusco eram quase 21h, mortas de cansada e ricas de bagagem cultural <3.

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Peru – Machu Picchu – Oitavo Dia – 29/07/2015 – Primeira Parte


Nosso oitavo dia começou não dia 29/07, mas sim no final de maio. Foi neste período que escolhi qual data iria a Machu Picchu. Esta escolha deve ser feita com antecedência pois a procura por esta maravilha do mundo é grande e o número e visitas é limitado. Para a entrada “básica”, é permitida a visita diária de até 2500 pessoas.

Em Machu Picchu há uma atração a parte chamada  Hyayna Picchu. Quem deseja subir esta montanha deve se planejar com mais antecedência: são 400 visitas liberadas por dia em um horário diferenciado.

A entrada para Machu Picchu sai a PEN 128 para adulto e há ticket de estudante. Porém eu não consegui por exemplo comprar o ticket da Stephanie como estudante. Motivos?  O site não vende ticket de estudante, pedi para meu amigo Manu ver uma agência em Lima e ele também não conseguiu comprar para ela. E deixar para comprar na hora é super arriscado, pois a procura de ingressos é realmente grande.

Hyayna Picchu custa um pouco mais caro (PEN 152) e tem um horário diferenciado de visita: 7h ou 10h, ou seja, quem deseja subir esta montanha, precisa passar a noite em Águas Calientes, a cidade mais próxima a Machu Picchu. Pesquisei um pouco sobre essa montanha e resumidamente o que vi foi o seguinte: há crianças que fazem este trajeto, porém é um trajeto perigoso e cansativo. Vi relatos de pessoas que caíram desta montanha, que tem alguns precipícios no caminho. Fiquei assustada em fazer com a Stephanie, e além disso não tinha vontade de dormir em Águas Calientes, achava o lugar feio e sem nada. Realmente o lugar é feio e não tem nada, mas descobri que há Casa Andina em Águas Calientes!

casa andina mapa

Quando comprei o ticket, escolhi Machu Picchu + museu, o que acabou não sendo um bom negócio porque quando acabamos de fazer o recorrido do parque estávamos tão cansadas que não queríamos ir ao museu sem contar com a questão do tempo.

Para comprar a entrada de Machu Picchu, entre no link http://www.machupicchu.gob.pe/ e escolha o roteiro e a data. Tive dúvidas ao comprar, o site mostra que para comprar há 3 passos:

  1. selecionar o roteiro, data e quantidade de pessoas
  2. inserir dados pessoais (nome, número de passaporte): esta informação é super importante, pois esqueci de imprimir os ingressos (estavam no meu computador) e não recebi e-mail de confirmação e/ou com o voucher – para resolver, liguei para o telefone que há no site e com o número do meu passaporte localizaram o número da minha reserva. Com esta informação eu entrei no site e consegui imprimir o ingresso.
  3. gerar reserva

O problema foi: a reserva estava gerada, mas e aí? Eu não tinha pago.  Para finalizar a operação, você deve entrar em “Pagos”, inserir o número da reserva e aí sim fazer o pagamento. Não me pergunte porque isso não era o quarto passo sequencial da compra!

Simultaneamente enquanto escolhíamos a data de disponibilidade de visita ao parque, pesquisei passagem de trem para Águas Calientes. Fomos pela empresa Peru Rail http://www.perurail.com/.  Há 3 possibilidades de trem diferentes por esta empresa:

  1. Visitandome (USD 93 por trecho)
  2. Expedition (USD 80 por trecho)
  3. Belmond Hiram Bingham (USD 400 por trecho)

Fomos no “visitandome” e voltamos no “expedition”.  O “visitandome” obviamente era mais confortável que o expedition, mas a diferença não era gritante. No próximo post entrarei em detalhes.

Após descer em Águas Calientes, para chegar a Machu Picchu temos que pegar um ônibus (a não ser que você tenha uma excelente forma física para ir a pé). Há uma fila quilométrica para pegar o ônibus que custa USD 24 (não aceita cartão, pode ser pago em soles ou dólar).

Para finalizar este post gostaria de compartilhar com vocês uma possibilidade de hospedagem para os aventureiros. Trata-se do hotel capsula, que fica entre Cusco e Águas Calientes, no Vale Sagrado, mais precisamente a 10 minutos de Ollantaytambo. A diária deste hotel chega PEN 999.

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Banheiro nas Alturas

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Para mais informações entre  no site: http://www.naturavive.com/index.php/en/skylodge-adventure-suites-en

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Duas garotas no Peru: primeiros passos para viagem


Olá pessoal! Vamos falar hoje sobre nossa viagem ao Peru. Tenho um amigo da época da faculdade que é peruano e após se formar voltou a Lima. Fazia uns 3 anos que eu falava que iria conhecer o país dele e eis que 2015 foi o ano escolhido.

Vamos compartilhar um pouquinho nossa experiência no Peru.

Antes de pensarmos no roteiro que faríamos fui pesquisar a passagem para Lima. Quando fomos ao México fizemos conexão em Lima, então já tinha em mente que o vôo Taca/Avianca era melhor opção.

Do Rio de Janeiro a Lima o vôo dura quase 6h, e com o benefício do fuso que em julho são de 2 horas, chegaríamos a Lima às 9:25 pois a Taca opera com um unico voo diário as 5:40, ou seja com o dia todo para aproveitarmos.

Com isso em mente comecei a entrar diariamente na http://www.Decolar.com para pesquisar preço de passagem. A primeira dica que dou a vocês é a seguinte: eu pesquiso na decolar.com mas dificilmente compro por este site. Além dele gosto muito de pesquisar no http://www.Skyscanner.com.

Com o tempo eu percebi que a passagem nestes sites sempre é mais cara que no site da companhia aérea mas eu acho uma excelente fonte de busca para acharmos o melhor preço e horário.

Como Stephanie só pode viajar nas férias escolares, e o meu tipo de trabalho dificulta as férias no período de dezembro-janeiro, escolhemos dia 22 de julho para desbravarmos o Peru.

Quando pensamos em Peru, qual a primeira coisa ou talvez a única coisa que vem em nossa mente? MACHU PICCHU.

Claro que teríamos que incluir essa parada em nossa viagem. Mas descobrimos que o Peru é mais que Machu Picchu e Ceviche (que eu não experimentei por não gostar de peixe cru, mas vou apresentar outros pratos típicos).

Após algumas pesquisas na internet e no livro Peru da Lonely Planet chegamos ao nosso roteiro:

Lima x Huacachina (Ica) x Paracas x Lima x Cuzco x Machu Picchu × Lago Titicaca (Puno)

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Após decidirmos este roteiro, comecei a pesquisar o deslocamento entre as cidades. Se você pesquisar por exemplo estes deslocamentos pela decolar.com, você desiste da viagem. A passagem Rio x Lima eu paguei USD 400 (parcela em até 10x). Se você for fora do período escolar certamente pagará menos. O que me assustou foram os preços apresentados para passagens dentro do país pela decolar. O Peru tem um preço diferenciado de passagens para Peruanos e não Peruanos. Peruanos pagam cerca de 50% o valor da passagem… ou seja nós não peruanos pagamos o dobro. Pesquisando uma passagem só de ida de Lima para Cusco pela Decolar.com ficava em em BRL 331+ BRL 341 de encargos e taxas ou seja BRL 674.

Isso me desestimulou muito mas eu não queria acreditar que não poderia ficar mais barato. Vi que as companhias aéreas que operam no Peru são: Peruvian, Avianca e Lan. Entrando no site todas ofereciam valores finais abaixo da Decolar.com mas tive um receio: de me cobrarem taxa por eu nāo ser peruana. Decidi comprar passagem pela Lan que recentemente se fundiu com a Tam (as vendas são feitas no site da Tam o que na minha cabeça reduziria possibilidade de cobrança de taxas extras pois eu era uma brasileira comprando em um site brasileiro). Um último ponto a se colocar sobre as passagens dentro do Peru é a seguinte: se você comprar pela Decolar.com você não poderá parcelar, mas no site da Tam parcela em até 5x.

Falamos um pouco aqui sobre as passagens aéreas e nos próximos posts falaremos sobre cada dia de nossa viagem.

Beijos ♡!