Publicado em Peru

Peru – Cusco – Nono Dia – 30/07/2015


Depois de um dia cansativo em dia em Machu Picchu, ainda tínhamos um dia inteiro para visitar Cusco. E o local que escolhemos ir pela manhã não poderia ser melhor: Koricancha ou Templo do Sol ou Convento Santo Domingo. vou tentar explicar um pouco melhor. O convento de Santo Domingo foi construído (construção espanhola) sobre o Templo del Sol (construção inca chamada Koricancha).

Se alguém me perguntasse só posso ir a um lugar em Cusco, o que você me indica? Sem sombra de dúvidas eu indicaria Koricancha. Este templo/museu está incluído no passaporte cultural de Cusco, mas você pode adquirir a entrada isoladamente se desejar. A entrada custa PEN 10.

Quando chegamos a entrada do convento havia alguns guias oferecendo serviço e acabei aceitando. Acho que se você for ao Koricancha sem um  guia, você perde um pouco do encanto do local por não saber as histórias. Eu particularmente conheci a história do Peru sob o teto deste maravilhoso templo. Nele você conhece a arquitetura inca e fica simplesmente maravilhado com o conhecimento deles na construção civil, na matemática. Só de lembrar tudo o que vi ali fico emocionada. A simetria, o cuidado com o corte das pedras… Vocês sabiam que a maioria dos incas que participavam de uma construção não viam a conclusão da obra, pois em média demorava-se 3 gerações para serem concluídas.

Eu fiquei impressionada com coisas bobas como um exemplo que vou dar agora. Quando você está em pé em um ônibus, como você naturalmente fica? Com as pernas abertas em uma posição que lembra um triângulo, certo? Afinal esta posição proporciona a você equilíbrio com possíveis freadas que o motorista pode acionar. Pois desta mesma forma eram construídos os templos incas, com o formato que dava estabilidade com os terremotos que tantas vezes sacudiu o Peru. E até hoje essas construções estão firmes. Korikancha foi parcialmente destruído pela mão dos homens, mais precisamente pelas mãos dos espanhóis que mandaram destruir o templo para mostrar poder sobre os incas.

20150730_130632
A perfeição no corte das pedras, onde uma sobrepõe a outra é uma coisa que encanta na arquitetura Inca. Sem contar com o peso destas pedras, como eles conseguiam movê-las, moldá-las com tamanha perfeição?

20150730_130533

Nesta visita soube como o império inca caiu frente ao povo espanhol. Na época, os incas estavam expandindo território para o norte, próximo a região que hoje se encontra o Equador. Em uma das batalhas o rei deste povo morreu e não havia deixado um sucessor legítimo. Este rei possuía vários filhos que começaram a lutar pelo trono. Nessa mesma época os espanhóis chegaram as terras peruanas pelo mar. Sabe o que os incas acreditavam? Que Deus chegaria um dia pelo mar. Logo fizeram associação que os espanhóis eram deuses e prontamente quiseram servi-los. Quando finalmente deram por si, já era tarde demais, os espanhóis estavam por todos os lados e como não eram bobos já tinham feito alianças com as pessoas mais influentes do povo inca. Eles davam status, poder e começaram a miscigenar os povos.

Um outro ponto bem legal visto em Koricancha é a parte museu, onde há muitos quadros. Uma pena que não pode tirar fotos. Estes quadros também são cheios de ensinamentos e uma das coisas que me marcou foi a religião. Os incas falavam quichua e os espanhóis obviamente o espanhol. Os primeiros ensinamentos dos padres catequizando foram feitos através da pintura. No museu há quadros de cristianismo misturado com as crenças incas, formando um catolicismo adaptado a cultura local. É muito interessante!

Após passarmos pela sala do sol (apenas o portal que ficou!), chegamos ao lindo jardim do convento.

20150730_13422920150730_134216(0) 20150730_133909  20150730_131422

20150730_134347  20150730_134413

Saímos quase na hora do almoço e eu tinha uma missão extra: provar Cuy. Para quem não conhece Cuy é um porquinho da índia assado, muito comum no interior do Peru. Procurei em Lima e não encontrei. Antes de encontrar nosso porquinho da índia assado, olha quem Stephanie encontrou na rua e desta vez teve coragem de pegar no colo? Era muita gente! Todo mundo queria propina! Uma loucura!

   20150730_141236 20150730_141337

Depois de nosso grande encontro, encontrei o porquinho em um restaurante em frente a Plaza de las Armas. O prato de Cuy com batatas custou PEN 65.

20150730_145248 20150730_145311

20150730_150047 20150730_150305

Confesso que a cara da comida assusta um pouco. Brinquei inclusive que vi a lágrima do porquinho. A carne é muito bem temperada com ervas. Por incrível que pareça, me lembrou gosto de peixe.

Depois do almoço fomos caminhar pelo centro histórico e andamos até o mercado central de San Pedro. É um mercado local que vende de tudo: roupa, verduras, legumes, frutas e souveniers. O mais interessante era ver o povo na sua essência e não o turismo que nos é vendido.

20150730_185228

20150730_18480820150730_184800 20150730_184558 20150730_184554

20150730_185117

20150730_185303 20150730_185013

Neste mercado consegui encontrar o maiz morado (milho roxo) produto base para a bebida chincha morada que falei no post de Lima.

20150730_184419
base para prepração da bebida chincha morada

Andamos bastante pelas ruas, pelas feirinhas, lojinhas e vimos diversas igrejas como a de San Pedro:

20150730_185412

Passamos por Diversos portais:

20150730_191010

E lanchamos no Mc Donalds que fica em uma das pontas da Plaza de las Armas. Vocês não encontrarão o vermelho e amarelo gritante, é engraçado porque as redes de lanchonetes ficam camufladas na arquitetura marcante da cidade.

mc donalds kfc

E infelizmente chegou nossa última noite frrrria em Cusco. Na manhã de sexta feira já tínhamos novo destino: aeroporto de Juliaca: destino final? Puno!

20150730_202632

20150730_202342

20150730_202735