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Peru – Puno – Lago Titicaca – Décimo Dia – 31/07/2015


Antes das 6h estávamos no aeroporto de Cusco rumo ao aeroporto de Juliaca. Nosso destino final era Puno, cidade a beira do lago Titicaca.

Diferente de nossa chegada ao aeroporto de Cusco, onde não havia táxi, não havia nada, no aeroporto de Juliaca fomos interceptadas por várias vans que faziam o transfer até Puno. Eu havia entrado em contato com o hotel que nos hospedaríamos em Puno (mais uma Casa Andina!) e nos cobraram USD 100 pelo transfer. Achei super caro e resolvi tentar a sorte no aeroporto e foi o melhor que fiz. O transfer saiu por PEN 10 por pessoa e nos deixaram na porta do hotel.

Antes de fazer essa viagem, um amigo do trabalho havia dito que uma amiga dele tinha ido a Puno e ela só falava que lá era uma grande favela. Tive a mesma péssima impressão. A cidade é super estranha e a primeira vista era pior ainda. Meu planejamento inicial era chegar na sexta feira de manhã e ficar até sábado a noite e se possível passar a noite na isla Uros. O período que passei lá foi exatamente este, que achei perfeito, mais tempo seria realmente demais.

Se Cusco era alto, imagina Puno. Esta cidade fica a 3.827 m acima do nível do mar. Como saímos do aeroporto de transfer, acabamos dando involuntariamente uma voltinha na cidade, e o que eu via era muita pobreza, um lugar super feio, e um enjoo/ dor de cabeça horroroso. O motorista da van perguntou se eu já tinha passeio comprado e me ofereceu um passeio no dia seguinte para Isla Uros e Taquiles por PEN 90 eu e Stephanie.

Nos acomodamos no hotel, tomei um bom banho e fui deitar um pouco pois não estava nada bem. Nisso já não pensava mais em passar a noite na isla de Uros. Por volta de 13 horas pedi uma indicação de algum lugar para almoçar e foi quando andarolamos pelo centro da cidade. Almoçamos no La Casona, que é um bom restaurante e comemos massa. Lá tinha Cuy bem mais barato que em  Cusco.

Depois do almoço pegamos um tuk tuk (lembra do triciclo que tinha em Ica?!) até o porto de Puno. Em frente ao porto há um feirinha de souvenier e várias agências que vendem passagem de barco até as ilhas. Por PEN 10 pegamos um barco para uma das ilhas de Uros, para conhecer as famosas ilhas flutuantes.

É bem impressionante como tudo é feito de totora! Conhecemos o presidente de algumas ilhas, que explicou o funcionamento das ilhas comandadas por ele. O artesanato por exemplo (todo em totora) funcionava como cooperativa e não importava qual stand comprássemos, a renda era revertida para todos os moradores daquele grupo de ilhas.

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Barco turístico feito de totora

Um outro ponto impressionante é como o a água do lago é límpida! Se pensarmos em toda miséria que há ao redor, como não contamina a essência do lago!

Nossa primeira visão do lago Titicaca
Nossa primeira visão do lago Titicaca

Com essa ida rápida e não programada deu para termos nossa primeira impressão das ilhas e conhecermos o principal ponto turístico desta cidade tão maltratada a primeira vista.

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Muita totora atrás da gente!
Lago Titicaca!
Lago Titicaca!
Aprendendo um pouco sobre as Islas Uros ou Ilhas Flutuantes!
Aprendendo um pouco sobre as Islas Uros ou Ilhas Flutuantes!
Artesanato nas Ilhas Flutuantes! Tudo de totora!
Artesanato nas Ilhas Flutuantes!
Tudo de totora!
A ilha!
A ilha!
Lago a vista!
Lago a vista!

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Cabana de Totora por dentro
Cabana de Totora por dentro

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Símbolo Inca construído em Machu Picchu e reproduzido com totora
Símbolo Inca construído em Machu Picchu e reproduzido com totora

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Voltamos para o hotel e eu voltei a me senti bem mal. Deitei e cochilei um longo período. Por volta de 20h ainda esta me sentindo mal, mas falei para Stephanie que tínhamos que ir a algum lugar comer alguma coisa. De repente quem começou a passar muito mal foi ela. Começou a chorar de dor na barriga, que não estava aguentando. Fiquei super preocupada, parei de passar mal em 2 segundos, liguei para a recepção para pedir um médico e liguei para o seguro que havíamos feito (sempre faço seguro pela GTA). A menina do seguro falou que ia localizar um médico mas avisei que já tinha pedido ao hotel, pois não estávamos numa cidade grande e eu estava muito preocupada. Ela me deu toda orientação para pegar o reembolso dos custos, mas acabei nem fazendo. A consulta custou PEN150. E logo após o médico chegar, graças a Deus a dor da Stephanie já havia passado. Pensei logo em apendicite, mas o médico me explicou que as crises de apendicite são graduais e não agudas de uma hora para outra como foi o caso. Além da direção da dor que não era a mesma. Ele ficou a disposição se ela sentisse algo novamente. Foi um grande susto, rápido ( tudo não demorou meia hora) e intenso!

Pedi um lanchinho no quarto e passei a noite na expectativa que o susto havia realmente passado ou se algo mais iria voltar a acontecer…

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Peru – Cusco – Nono Dia – 30/07/2015


Depois de um dia cansativo em dia em Machu Picchu, ainda tínhamos um dia inteiro para visitar Cusco. E o local que escolhemos ir pela manhã não poderia ser melhor: Koricancha ou Templo do Sol ou Convento Santo Domingo. vou tentar explicar um pouco melhor. O convento de Santo Domingo foi construído (construção espanhola) sobre o Templo del Sol (construção inca chamada Koricancha).

Se alguém me perguntasse só posso ir a um lugar em Cusco, o que você me indica? Sem sombra de dúvidas eu indicaria Koricancha. Este templo/museu está incluído no passaporte cultural de Cusco, mas você pode adquirir a entrada isoladamente se desejar. A entrada custa PEN 10.

Quando chegamos a entrada do convento havia alguns guias oferecendo serviço e acabei aceitando. Acho que se você for ao Koricancha sem um  guia, você perde um pouco do encanto do local por não saber as histórias. Eu particularmente conheci a história do Peru sob o teto deste maravilhoso templo. Nele você conhece a arquitetura inca e fica simplesmente maravilhado com o conhecimento deles na construção civil, na matemática. Só de lembrar tudo o que vi ali fico emocionada. A simetria, o cuidado com o corte das pedras… Vocês sabiam que a maioria dos incas que participavam de uma construção não viam a conclusão da obra, pois em média demorava-se 3 gerações para serem concluídas.

Eu fiquei impressionada com coisas bobas como um exemplo que vou dar agora. Quando você está em pé em um ônibus, como você naturalmente fica? Com as pernas abertas em uma posição que lembra um triângulo, certo? Afinal esta posição proporciona a você equilíbrio com possíveis freadas que o motorista pode acionar. Pois desta mesma forma eram construídos os templos incas, com o formato que dava estabilidade com os terremotos que tantas vezes sacudiu o Peru. E até hoje essas construções estão firmes. Korikancha foi parcialmente destruído pela mão dos homens, mais precisamente pelas mãos dos espanhóis que mandaram destruir o templo para mostrar poder sobre os incas.

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A perfeição no corte das pedras, onde uma sobrepõe a outra é uma coisa que encanta na arquitetura Inca. Sem contar com o peso destas pedras, como eles conseguiam movê-las, moldá-las com tamanha perfeição?

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Nesta visita soube como o império inca caiu frente ao povo espanhol. Na época, os incas estavam expandindo território para o norte, próximo a região que hoje se encontra o Equador. Em uma das batalhas o rei deste povo morreu e não havia deixado um sucessor legítimo. Este rei possuía vários filhos que começaram a lutar pelo trono. Nessa mesma época os espanhóis chegaram as terras peruanas pelo mar. Sabe o que os incas acreditavam? Que Deus chegaria um dia pelo mar. Logo fizeram associação que os espanhóis eram deuses e prontamente quiseram servi-los. Quando finalmente deram por si, já era tarde demais, os espanhóis estavam por todos os lados e como não eram bobos já tinham feito alianças com as pessoas mais influentes do povo inca. Eles davam status, poder e começaram a miscigenar os povos.

Um outro ponto bem legal visto em Koricancha é a parte museu, onde há muitos quadros. Uma pena que não pode tirar fotos. Estes quadros também são cheios de ensinamentos e uma das coisas que me marcou foi a religião. Os incas falavam quichua e os espanhóis obviamente o espanhol. Os primeiros ensinamentos dos padres catequizando foram feitos através da pintura. No museu há quadros de cristianismo misturado com as crenças incas, formando um catolicismo adaptado a cultura local. É muito interessante!

Após passarmos pela sala do sol (apenas o portal que ficou!), chegamos ao lindo jardim do convento.

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Saímos quase na hora do almoço e eu tinha uma missão extra: provar Cuy. Para quem não conhece Cuy é um porquinho da índia assado, muito comum no interior do Peru. Procurei em Lima e não encontrei. Antes de encontrar nosso porquinho da índia assado, olha quem Stephanie encontrou na rua e desta vez teve coragem de pegar no colo? Era muita gente! Todo mundo queria propina! Uma loucura!

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Depois de nosso grande encontro, encontrei o porquinho em um restaurante em frente a Plaza de las Armas. O prato de Cuy com batatas custou PEN 65.

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Confesso que a cara da comida assusta um pouco. Brinquei inclusive que vi a lágrima do porquinho. A carne é muito bem temperada com ervas. Por incrível que pareça, me lembrou gosto de peixe.

Depois do almoço fomos caminhar pelo centro histórico e andamos até o mercado central de San Pedro. É um mercado local que vende de tudo: roupa, verduras, legumes, frutas e souveniers. O mais interessante era ver o povo na sua essência e não o turismo que nos é vendido.

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Neste mercado consegui encontrar o maiz morado (milho roxo) produto base para a bebida chincha morada que falei no post de Lima.

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base para prepração da bebida chincha morada

Andamos bastante pelas ruas, pelas feirinhas, lojinhas e vimos diversas igrejas como a de San Pedro:

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Passamos por Diversos portais:

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E lanchamos no Mc Donalds que fica em uma das pontas da Plaza de las Armas. Vocês não encontrarão o vermelho e amarelo gritante, é engraçado porque as redes de lanchonetes ficam camufladas na arquitetura marcante da cidade.

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E infelizmente chegou nossa última noite frrrria em Cusco. Na manhã de sexta feira já tínhamos novo destino: aeroporto de Juliaca: destino final? Puno!

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Peru – Machu Picchu – Oitavo Dia – 29/07/2015 – Segunda Parte


Depois de termos visto as questões de passagem de trem, ticket para entrada em Machu Picchu, vou falar como foi efetivamente ir a este lugar mágico.

Nosso dia começou bem cedo, mais precisamente às 5h da manhã. Os hotéis em Cusco costumam oferecer café da manhã a partir deste horário, pois as pessoas costumam ir cedo, pois a jornada é longa. Nossos boletos de trem eram para o horário de 6:45 e é solicitado que cheguemos com meia hora de antecedência. Essa hora da manhã fazia muito, muito frio em Cusco ( por volta de 5°C!). Aconselho a todos a irem ou com roupas em camada ou que suportem o frio, pois em Águas Calientes estava cerca de 30°C. Na noite anterior fomos a um mercadinho localizado entre o hotel Casa Andina e a Plaza de las Armas e compramos água (4 litros) e biscoito (3 pacotes). Apesar de dizerem que não pode entrar com alimentos em Machu Picchu, ninguém revistou nossas bolsas.

Saímos do hotel extremamente agasalhadas às 05:40. A estação de Poroy não fica próxima ao centro histórico de Cusco. Pedimos um táxi pelo hotel que cobrou PEN 40 para nos levar até a estação e PEN 50 para a volta (combinei horário com o motorista).

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A estação de trem estava lotada! Pessoas de todos os estilos e nacionalidades nos cercavam com as mesmas expectativas e vontade de chegar ao destino final. Entramos no trem e tivemos a sorte de ficarmos  sentadas na direção que o trem andava (não escolhemos as poltronas na compra!). A nossa frente estavam sentadas duas amigas francesas que mesmo sem falar reconheceríamos a nacionalidade (magras, brancas, cabelos curtos, batom vermelho). Meu super francês me garante falar (mas não escrever) je ne parlez pas francoise (deve estar escrito errado, mas não vou revisar!).  Fiquei com pena da posição delas, porque algumas paisagens se eu não avisasse, elas não veriam.

Não demorou muito para começar o serviço de bordo do trem. Primeiramente eles forraram a mesa com uma toalha bem fofa provavelmente feita de lã de llama (alpaca é mais “fino”) com desenhinhos de llamas.  No café da manhã tinha torta de abacaxi, morangos, uma banana maçã (que a francesa achou fofa, pois nunca tinha visto uma banana tão pequena!), uma torta de brócolis (ou qualquer outra verdura, já que não comi). Para beber havia opção de café, água, suco e refrigerante (inka cola, claro!). No trem da volta que era mais simples, o serviço de bordo não tinha toalha de llamas, as bebidas eram semelhantes e para comer você poderia escolher ou um pacotinho de biscoito caseiro doce ou salgado. Peguei 1 de cada e para minha surpresa o biscoito salgado parecia de brócolis (devia ser a sobra da torta do café da manhã!).

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serviço de bordo Peru Rail

Foram quase 4 horas de viagem de trem. A vista é fantástica, realmente muito bonita. Rios, montanhas (até com neve!),  llamas, muitas llamas fizeram parte desta viagem maravilhosa. O trem parou na estação de Ollantaytambo, onde fica o hotel capsula que mencionei no primeiro post de Machu Picchu.

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Vista das janelas panorâmicas do trem

Vista das janelas panorâmicas do trem

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Na montanha a direita fica o “hotel capsula”, próximo a estação Ollantaytambo

Não vi no trem banheiros, mas pela duração da viagem, deve haver. Logo que chegamos a Águas Calientes, fomos ao banheiro da estação, que é bem limpinho. Começamos a tirar toda roupa que foi possível e guardamos na mochila, pois o calor estava de matar!

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Chegando em Águas Calientes

Bem em frente a estação há uma grande feirinha, que vende souveniers e tudo um pouco. Aconselho não esquecerem de levar protetor solar e chapéu, mas se por acaso a memória falhar, nesta feirinha vende tudo isso. Atravessamos a feira para irmos aonde param os ônibus que levam a Machu Picchu. Posso falar a vocês que deveriam ter umas quinhentas pessoas na fila, ou mais! Primeiro você entra numa fila para pagar o ônibus (só aceita dinheiro) e depois a fila para pegar o ônibus. Caso vocês não tenham validado o ticket, deve-se ir a agência de turismo que fica um quarteirão atrás da fila do ônibus.

Eu achei que eu não tinha validado o ticket e fui lá, mas descobri que eles estavam validados. Achei toda essa questão dos boletos de Machu Picchu bem confuso, mas no final dá tudo certo. Uma coisa que aconteceu comigo que percebi em Lima foi que eu não havia impresso os boletos para o parque. Fui no meu email procurar a confirmação e também não encontrei. Quando você entra no site para imprimir (ou no caso reimprimir o boleto) o site pede um número de compra que obviamente eu não tinha, já que não havia nenhum email de confirmação. Liguei para o telefone que havia no site, informei o número do meu passaporte (que informamos na compra). Eles localizaram  com essas informações o meu número de compra para que eu pudesse entrar no site e reimprimir o boleto. Nesta impressão o boleto estava validado.

Por volta de 40 minutos depois de entrar na fila, consegui entrar no ônibus. A viagem durou menos de 20 minutos, mas era um percurso que só pessoas bem preparadas poderiam fazer a pé. Na entrada do parque há um hotel, um restaurante, um guarda volumes e muitos guias tentando te convencer a fazer o passeio com eles. Todos os guias cobram um preço padrão: PEN20 por pessoa ( grupo de no mínimo 5) ou PEN120 para ter um guia particular.

Fiquei aguardando um dos guias que me abordou para entrar no parque, mas a confusão é de louco, muita gente, muitos guias, e a impressão que eu tinha era que não iria entrar nunca. O guia sugeriu que eu deixasse a mochila no guarda volumes e depois descobri que há um guarda volumes dentro do parque pela metade do preço (ok, não são valores absurdos, mas era a metade do preço: PEN 5).

O tempo estava passando e nada do guia entrar. Resolvi fazer uma coisa que poderia ter feito antes. Entrei com a Stephanie sem guia e lá dentro arranjei um. Os valores eram os mesmos que estavam sendo negociados fora do parque.

Com menos de 30 passos você se depara com aquela paisagem linda! E os guias explicam cada tipo de cômodo, rituais, tipo de construção. É uma riqueza cultural que não tem preço!

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A visita guiada durou quase 3 horas! No final subimos para um ponto um pouco mais alto onde todo mundo tira as fotos. Foi bem cansativo, e acabamos não indo no museu. Uma dica que ainda não escrevi é: levem seus passaportes! Você pode carimbar no seu passaporte sua passagem por Machu Picchu. Acho este carimbo uma bela lembrança!

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Para ir embora havia outra fila enorme para pegar o ônibus. Nossa passagem de trem era para 16:45 e podemos dizer que foi o horário certinho para visitarmos Machu Picchu. Chegamos no hotel em Cusco eram quase 21h, mortas de cansada e ricas de bagagem cultural <3.

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Peru – Cusco – Sétimo Dia – 28/07/2015


Chegamos em Cusco na noite de segunda-feira. Lemos muito que ao chegarmos na cidade o melhor a fazer seria não nos esforçarmos para o corpo se adaptar a altitude. Com isso fomos direto para o hotel, tomamos banho e comemos no quarto.

Nos hospedamos novamente no hotel da rede Casa Andina – o Classic fica atras da Plaza de las Armas. A localização é excelente com muitos restaurantes próximos.

Cusco é uma cidade localizada a quase 3.400m acima do nível do mar e devemos respeitar nosso corpo quanto a isso. Uma coisa que eu pensei em fazer desde quando estava no Brasil e não fiz foi tomar remédio em Lima para ajudar na adaptação. Na terça feira de manhã, acordamos e eu me senti um pouco enjoada, não com vontade de vomitar, mas com a sensação de corpo estranho. No café da manhã tomei uma xícara de chá de coca, além dos demais itens que estou acostumada a comer. A Stephanie, acho que como qualquer outra criança, não tomou o chá. Provou uma colherzinha e disse que já tinha tomado. Fiquei preocupada. Saímos para termos nossa primeira impressão de verdade de Cusco. Ao lado do hotel tem uma loja de souvenir e eu entrei para comprar bala de coca (peça caramelo de coca!), pois já imaginei que já que a Stephanie não queria tomar o chá, a bala seria a solução.

Caramelo de Coca
Caramelo de Coca

Stephanie colocou o caramelo na boca e em menos de 1 minuto vomitou. E vomitou muito! Voltamos para o hotel, ela tomou um banho, bebeu água (é bom se hidratar muito!), descansou um pouco e após ela se sentir melhor voltamos para a rua.

A Casa Andina fica bem próxima ao Museu de Chocolate que era um dos pontos que queríamos visitar. Neste museu há uma oficina que é bem interessante! Se você não tiver interesse em fazer a oficina, não vale a pena ir. O curso dura 2 horas e custou PEN 130 para nós duas. A oficina deve ser reservada antes. Fui por volta de 10 horas e consegui as últimas vagas para o curso das 11h.

Saí da loja do museu do chocolate e fui procurar um museu que tinha no livro Lonely Planet chamado Irq’i Yacchay que pelo mapa ficava na rua atrás do museu. O engraçado é que eu perguntava para as pessoas na rua uma ajuda sobre onde ficava a rua pelo nome e ninguém sabia, chegaram a me dizer que ficava na cidade Arequipa. Confiei no meu senso de direção e achei. O problema era que o lugar não existia mais.

Um dos problemas que senti seriamente em Cusco é que não se tem a mesma disposição para andar como quando estamos em uma cidade de baixa altitude. Diversas vezes no dia parávamos em praças para descansar ou voltávamos para o hotel.

Antes de voltar para a oficina, passamos no museu de história regional e assim como diversos museus de Cusco você só entra se tiver o bilhete turístico de Cusco, Minha opinião é que esse bilhete é super interessante se você tiver a intenção de passar mais de 3 dias em Cusco o que não era o nosso caso (passamos 3 noites, sendo que um dia reservamos para Machu Picchu). O chato é que se você não compra o bilhete, não tem acesso a diversos museus.

O preço do bilhete varia de PEN 70 a PEN 130, dependendo do circuito comprado. Não teríamos tempo para visitar tudo e se comprássemos o mais barato, nós duas pagaríamos cerca de BRL 160, achei bem caro e injusto, pois não tínhamos a opção de pagar apenas pelos museus que queríamos ir (no fim conseguimos ir em Koricancha que valeu muito a pena!! – vamos contar no próximo post!).

O bilhete integral (PEN130) dá direito a visitar os seguintes pontos turísticos (não inclui  traansporte até os locais):

– Museu Histórico Regional
– Museu de Arte Contemporânea
– Museu de Arte Popular
– Museu de sitio Koricancha
– Centro Qosqo de Arte Nativa
– Monumento ao Inca Pachacutec
– Sacsayhuaman
– Q’enqo
– PukaPukara
– Tambomachay
– Pisac
– Ollantaytambo
– Chinchero
– Moray
– Tipon
– Piquillacta

Para mais informações sobre o bilhete turístico, acesse o site abaixo!

http://www.cosituc.gob.pe/

Já estava quase na hora de nosso taller de chocolate e voltamos para encontrar o endereço. O museu do chocolate fica dentro de uma galeria, achei um pouco escondido.

Bancada utilizada no taller de chocolate
Bancada utilizada no taller de chocolate
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Explicações sobre a produção de chocolate – Choco Museo
Vista da varanda do Choco Museo, onde é possível além de comer chocolates fazer um lanchinho
Vista da varanda do Choco Museo, onde é possível além de comer chocolates fazer um lanchinho

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A oficina de chocolate é oferecida em 2 línguas: inglês e espanhol. Quando marquei não me comunicaram nada e fomos na oficina em inglês. Quem não gostou muito disso foi a Stephanie.

A experiência foi muito legal, vimos desde a árvore de cacau, até o chocolate pronto. Escolhemos as melhores sementes, torramos, descascamos, amassamos e fizemos várias  bebidas de cacau!

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História do Cacau
História do Cacau
Torrando o Cacau
Torrando o Cacau
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Descascando…
Amassando...
Amassando…
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Pasta de Cacau
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bebida preparada com pasta de cacao, chile, leche, canela
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Preparação final dos chocolates que levamos para casa!
Nosso chocolate!! Fabricação própria :p
Nosso chocolate!! Fabricação própria :p

Stephanie ficou muito enjoada com o cheiro do cacau. Isso foi uma pena! Eu adorei a oficina, colocamos a mão na massa mesmo!

Para mais informações sobre o Choco Museo, visite a página:

http://www.chocomuseo.com/english/our-locations/cusco-per/

Como a Stephanie não estava legal, quando saímos da oficina fomos direto para farmácia para tentarmos algum medicamento. Graças a Deus o remédio funcionou muito bem. O nome é Gravimed, é um antiemetico e antivertiginoso. O rapaz da farmácia falou que ao tomar esse remédio, não era para chupar bala de coca nem tomar o chá. Stephanie não sentiu mais nada!

Depois de medicada olha que coisa fofa encontramos na rua!

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Almoçamos e andamos na direção da la Plazoleta Comandante Ladislao Espinar, próximo a Plaza de las Armas, onde há ônibus turísticos (aqueles de 2 andares) e pegamos um que estava de partida. Assim como Lima, esses ônibus não tem paradas em todos os pontos que passamos. As únicas paradas do ônibus são no Cristo de Cusco, chamado Cristo Blanco e umas vendinhas bem próximas a este monumento.

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Depois da parada de Cristo Blanco, houve mais uma parada (das vendinhas) onde nos ofereceram um tour até um santuário de animais com risco de extinção chamado santuário animal de Ccochahuasi. Fomos!

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Acho que o santuário não vale muito a pena. Achei apenas duas coisas bem legais: eles mostraram como se tingiam antigamente a lã de alpaca com diferentes tons de uma mesma cor e o voo do condor (sim ficamos numa jaula com 2 condores que nos sobrevoaram).

Voltamos do passeio, tomamos um bom banho e fomos para ao redor da Plaza de las Armas para comer algo. Na manhã seguinte iríamos a Machu Picchu e fomos dormir cedo para guardar energia!

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Duas garotas no Peru: primeiros passos para viagem


Olá pessoal! Vamos falar hoje sobre nossa viagem ao Peru. Tenho um amigo da época da faculdade que é peruano e após se formar voltou a Lima. Fazia uns 3 anos que eu falava que iria conhecer o país dele e eis que 2015 foi o ano escolhido.

Vamos compartilhar um pouquinho nossa experiência no Peru.

Antes de pensarmos no roteiro que faríamos fui pesquisar a passagem para Lima. Quando fomos ao México fizemos conexão em Lima, então já tinha em mente que o vôo Taca/Avianca era melhor opção.

Do Rio de Janeiro a Lima o vôo dura quase 6h, e com o benefício do fuso que em julho são de 2 horas, chegaríamos a Lima às 9:25 pois a Taca opera com um unico voo diário as 5:40, ou seja com o dia todo para aproveitarmos.

Com isso em mente comecei a entrar diariamente na http://www.Decolar.com para pesquisar preço de passagem. A primeira dica que dou a vocês é a seguinte: eu pesquiso na decolar.com mas dificilmente compro por este site. Além dele gosto muito de pesquisar no http://www.Skyscanner.com.

Com o tempo eu percebi que a passagem nestes sites sempre é mais cara que no site da companhia aérea mas eu acho uma excelente fonte de busca para acharmos o melhor preço e horário.

Como Stephanie só pode viajar nas férias escolares, e o meu tipo de trabalho dificulta as férias no período de dezembro-janeiro, escolhemos dia 22 de julho para desbravarmos o Peru.

Quando pensamos em Peru, qual a primeira coisa ou talvez a única coisa que vem em nossa mente? MACHU PICCHU.

Claro que teríamos que incluir essa parada em nossa viagem. Mas descobrimos que o Peru é mais que Machu Picchu e Ceviche (que eu não experimentei por não gostar de peixe cru, mas vou apresentar outros pratos típicos).

Após algumas pesquisas na internet e no livro Peru da Lonely Planet chegamos ao nosso roteiro:

Lima x Huacachina (Ica) x Paracas x Lima x Cuzco x Machu Picchu × Lago Titicaca (Puno)

2015-08-09 07.27.16

Após decidirmos este roteiro, comecei a pesquisar o deslocamento entre as cidades. Se você pesquisar por exemplo estes deslocamentos pela decolar.com, você desiste da viagem. A passagem Rio x Lima eu paguei USD 400 (parcela em até 10x). Se você for fora do período escolar certamente pagará menos. O que me assustou foram os preços apresentados para passagens dentro do país pela decolar. O Peru tem um preço diferenciado de passagens para Peruanos e não Peruanos. Peruanos pagam cerca de 50% o valor da passagem… ou seja nós não peruanos pagamos o dobro. Pesquisando uma passagem só de ida de Lima para Cusco pela Decolar.com ficava em em BRL 331+ BRL 341 de encargos e taxas ou seja BRL 674.

Isso me desestimulou muito mas eu não queria acreditar que não poderia ficar mais barato. Vi que as companhias aéreas que operam no Peru são: Peruvian, Avianca e Lan. Entrando no site todas ofereciam valores finais abaixo da Decolar.com mas tive um receio: de me cobrarem taxa por eu nāo ser peruana. Decidi comprar passagem pela Lan que recentemente se fundiu com a Tam (as vendas são feitas no site da Tam o que na minha cabeça reduziria possibilidade de cobrança de taxas extras pois eu era uma brasileira comprando em um site brasileiro). Um último ponto a se colocar sobre as passagens dentro do Peru é a seguinte: se você comprar pela Decolar.com você não poderá parcelar, mas no site da Tam parcela em até 5x.

Falamos um pouco aqui sobre as passagens aéreas e nos próximos posts falaremos sobre cada dia de nossa viagem.

Beijos ♡!