Chegamos em Cusco na noite de segunda-feira. Lemos muito que ao chegarmos na cidade o melhor a fazer seria não nos esforçarmos para o corpo se adaptar a altitude. Com isso fomos direto para o hotel, tomamos banho e comemos no quarto.
Nos hospedamos novamente no hotel da rede Casa Andina – o Classic fica atras da Plaza de las Armas. A localização é excelente com muitos restaurantes próximos.
Cusco é uma cidade localizada a quase 3.400m acima do nível do mar e devemos respeitar nosso corpo quanto a isso. Uma coisa que eu pensei em fazer desde quando estava no Brasil e não fiz foi tomar remédio em Lima para ajudar na adaptação. Na terça feira de manhã, acordamos e eu me senti um pouco enjoada, não com vontade de vomitar, mas com a sensação de corpo estranho. No café da manhã tomei uma xícara de chá de coca, além dos demais itens que estou acostumada a comer. A Stephanie, acho que como qualquer outra criança, não tomou o chá. Provou uma colherzinha e disse que já tinha tomado. Fiquei preocupada. Saímos para termos nossa primeira impressão de verdade de Cusco. Ao lado do hotel tem uma loja de souvenir e eu entrei para comprar bala de coca (peça caramelo de coca!), pois já imaginei que já que a Stephanie não queria tomar o chá, a bala seria a solução.

Stephanie colocou o caramelo na boca e em menos de 1 minuto vomitou. E vomitou muito! Voltamos para o hotel, ela tomou um banho, bebeu água (é bom se hidratar muito!), descansou um pouco e após ela se sentir melhor voltamos para a rua.
A Casa Andina fica bem próxima ao Museu de Chocolate que era um dos pontos que queríamos visitar. Neste museu há uma oficina que é bem interessante! Se você não tiver interesse em fazer a oficina, não vale a pena ir. O curso dura 2 horas e custou PEN 130 para nós duas. A oficina deve ser reservada antes. Fui por volta de 10 horas e consegui as últimas vagas para o curso das 11h.
Saí da loja do museu do chocolate e fui procurar um museu que tinha no livro Lonely Planet chamado Irq’i Yacchay que pelo mapa ficava na rua atrás do museu. O engraçado é que eu perguntava para as pessoas na rua uma ajuda sobre onde ficava a rua pelo nome e ninguém sabia, chegaram a me dizer que ficava na cidade Arequipa. Confiei no meu senso de direção e achei. O problema era que o lugar não existia mais.
Um dos problemas que senti seriamente em Cusco é que não se tem a mesma disposição para andar como quando estamos em uma cidade de baixa altitude. Diversas vezes no dia parávamos em praças para descansar ou voltávamos para o hotel.
Antes de voltar para a oficina, passamos no museu de história regional e assim como diversos museus de Cusco você só entra se tiver o bilhete turístico de Cusco, Minha opinião é que esse bilhete é super interessante se você tiver a intenção de passar mais de 3 dias em Cusco o que não era o nosso caso (passamos 3 noites, sendo que um dia reservamos para Machu Picchu). O chato é que se você não compra o bilhete, não tem acesso a diversos museus.
O preço do bilhete varia de PEN 70 a PEN 130, dependendo do circuito comprado. Não teríamos tempo para visitar tudo e se comprássemos o mais barato, nós duas pagaríamos cerca de BRL 160, achei bem caro e injusto, pois não tínhamos a opção de pagar apenas pelos museus que queríamos ir (no fim conseguimos ir em Koricancha que valeu muito a pena!! – vamos contar no próximo post!).
O bilhete integral (PEN130) dá direito a visitar os seguintes pontos turísticos (não inclui traansporte até os locais):
– Museu Histórico Regional
– Museu de Arte Contemporânea
– Museu de Arte Popular
– Museu de sitio Koricancha
– Centro Qosqo de Arte Nativa
– Monumento ao Inca Pachacutec
– Sacsayhuaman
– Q’enqo
– PukaPukara
– Tambomachay
– Pisac
– Ollantaytambo
– Chinchero
– Moray
– Tipon
– Piquillacta
Para mais informações sobre o bilhete turístico, acesse o site abaixo!
Já estava quase na hora de nosso taller de chocolate e voltamos para encontrar o endereço. O museu do chocolate fica dentro de uma galeria, achei um pouco escondido.



A oficina de chocolate é oferecida em 2 línguas: inglês e espanhol. Quando marquei não me comunicaram nada e fomos na oficina em inglês. Quem não gostou muito disso foi a Stephanie.
A experiência foi muito legal, vimos desde a árvore de cacau, até o chocolate pronto. Escolhemos as melhores sementes, torramos, descascamos, amassamos e fizemos várias bebidas de cacau!








Stephanie ficou muito enjoada com o cheiro do cacau. Isso foi uma pena! Eu adorei a oficina, colocamos a mão na massa mesmo!
Para mais informações sobre o Choco Museo, visite a página:
http://www.chocomuseo.com/english/our-locations/cusco-per/
Como a Stephanie não estava legal, quando saímos da oficina fomos direto para farmácia para tentarmos algum medicamento. Graças a Deus o remédio funcionou muito bem. O nome é Gravimed, é um antiemetico e antivertiginoso. O rapaz da farmácia falou que ao tomar esse remédio, não era para chupar bala de coca nem tomar o chá. Stephanie não sentiu mais nada!
Depois de medicada olha que coisa fofa encontramos na rua!
Almoçamos e andamos na direção da la Plazoleta Comandante Ladislao Espinar, próximo a Plaza de las Armas, onde há ônibus turísticos (aqueles de 2 andares) e pegamos um que estava de partida. Assim como Lima, esses ônibus não tem paradas em todos os pontos que passamos. As únicas paradas do ônibus são no Cristo de Cusco, chamado Cristo Blanco e umas vendinhas bem próximas a este monumento.
Depois da parada de Cristo Blanco, houve mais uma parada (das vendinhas) onde nos ofereceram um tour até um santuário de animais com risco de extinção chamado santuário animal de Ccochahuasi. Fomos!
Acho que o santuário não vale muito a pena. Achei apenas duas coisas bem legais: eles mostraram como se tingiam antigamente a lã de alpaca com diferentes tons de uma mesma cor e o voo do condor (sim ficamos numa jaula com 2 condores que nos sobrevoaram).
Voltamos do passeio, tomamos um bom banho e fomos para ao redor da Plaza de las Armas para comer algo. Na manhã seguinte iríamos a Machu Picchu e fomos dormir cedo para guardar energia!