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México- Veracruz, Xico, Coatepec, Orizaba – 14.09.14


No dia seguinte fui acordada por volta de 7h da manha por um animado grupo do hotel.

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O tempo estava chuvoso. Fiz meu primeiro café na varanda da barraca, com café quentinho e depois fui para o café da manhã esquisito com uma conotação portuguesa. Na minha primeira viagem ao México eu estranhei muito o café da manhã: eles comem frijoles (os feijões fritos), guacamole (creminho de abacate), bacon, salsicha, difícil achar pãezinhos, frios e bolos.

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Tomei banho e fui para o “refeitório”, porém adivinhe quem eu encontrei no meio do caminho? Um sapo ou perereca ou rã ou sei lá o que! Corri muito!!! Depois fiquei com medo de voltar a barraca, fiquei com medo de entrar na barraca. Quando você vê o animal dá medo mas é ok. Quando você não o vê, dá pânico!!! Ele pode aparecer a qualquer momento. Lá no hotel tem vários cães para espantar sapo :p

Eu tinha agendado um rapel de 25m que fica próximo as instalações do México Verde que seria mais ou menos equivalente a um prédio de 7 andares (já é alto, né?). Mas adivinhem – estava com tanta coragem que pedi para trocar pelo rapel de 85m (um prédio de 25 andares!!!!). O morro para fazer este rappel fica na cidade (ou seria vilarejo??) de Xico. Felizmente fui adotada pela família Rullan/Santaella que me deram muita força. Pensei que não ia sentir tanto medo porque já tinha feito rapel (sim chorei da outra vez que fiz em Itaipava, mas já sabia o que viria, como era se algo saísse errado…), e além disso me pareceu mais seguro porque se acontece algo o instrutor tem mais controle que no rafting por exemplo. Pois bem, coloquei todo o equipamento e quando comecei a treinar os movimentos para descer… tcharannnn: comecei a chorar Não conseguia manipular as cordas para descer ou frear… eu não tinha força. Como era uma altura muito grande, os equipamentos eram diferentes do pequeno rapel que eu havia feito no Brasil.

Foi aí que veio a grande lição do meu instrutor Rafael: podemos fazer tudo o que quisermos, se esta for realmente nossa vontade. Porém as vezes precisamos de uma ajuda. Então ele disse que desceria o primeiro nível comigo (uns 2m). Ainda assim fiquei com medo porque eu realmente não tinha força. Foi então que ele sugeriu que eu descesse pela corda de segurança. O medo ainda existia mas sentia confiança em descer e desci. Lição daquele domingo 14/09/2014: precisamos uns dos outros e se tivermos limitações, com com adaptações podemos chegar aonde quisermos!

O pessoal tirou muita foto minha chorando, mas ninguém me mandou!

As fotos que eu tenho foram as que eu tirei da máquina descartável a prova d’água que eu havia comprado. Agora tenho uma máquina a prova d’água, mas realmente eu não teria como tirar foto minha.

Este era o costão ao lado de onde desci de rapel em Xico.

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um pouco antes do rapel

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Foi verdadeiramente um grande desafio descer. Caminhamos bastante para voltar mas valeu a pena. Após todos descerem fomos almoçar e experimentei um prato típico mexicano: mole. Mole é um molho de chocolate apimentado que é posto sobre o frango. Comi com arroz vermelho (arroz cozido com tomate/molho de tomate). É bem gostoso. Quando fui a Puebla comprei potes deste molho e trouxe para o Brasil.

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Almoço depois do rapel
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Mole Poblano que fiz em casa!

Depois do almoço fomos para o Museu do Café localizado em Coatepec. No caminho comprei 2 garrafas de  torito, uma bebida típica da região feita  artesanalmente: aguardente, leite e fruta. Uma delícia. Pude experimentar vários sabores, mas comprei de amendoim e framboesa. Ao longo da viagem comprei tanta coisa que experimentei… Aliás esta foi a primeira e única viagem até hoje que trouxe (na verdade comprei lá) uma mala só de comida! Vou fazer um post destacando apenas as comidas, afinal não só de tacos, nachos e guacamole vivem os mexicanos!

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Este museu é bem legal. Vamos a plantação do café e vemos cada um dos passos que o café é submetido até chegar as nossas xícaras – incluindo a parte do ensacamento e armazenagem. É realmente muito interessante.

Chegamos no hotel muito mais tarde do que eu gostaria. Eu já havia feito o check out e iria até Xalapa (ou Jalapa??) pegar um ônibus até Orizaba (a viação ADO faz esse percurso e o preço da passagem é MXN 240), meu próximo destino, onde encontrei meu amigo Oscar Cárdenas para mais um dia de aventura <3.

Cheguei  em Orizaba era mais de meia noite.

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México- Veracruz e Jalcomulco- 13.09.14 –


No sábado acordei o mais cedo que pude. Tinhas minhas últimas horas em Veracruz antes de ir para Jalcomulco, mais precisamente no hotel Mexico Verde, um resort de aventuras. Não sei como consegui achar este hotel, mas de uma coisa eu tenho certeza: voltarei um dia com a Stephanie!

Mas vamos voltar as últimas horas em Veracruz.  Peguei um táxi e fui conhecer Boca del Rio, que é como se fosse a Barra da Tijuca de Veracruz. Muitos condomínios de casas belíssimas em frente ao mar. Cheguei lá por volta de 7h da manhã e fiz uma boa caminhada na praia. A praia não tem areia e não parecia muito apta a mergulhar (fora o fato do mal tempo que peguei nestes dias!).

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Primeira observação: não há pombos no México, há cuervos!
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Frida Khalo na orla de Boca del Rio!
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Que nunca nos falte: Amor, Honra e Verdade – Bem ser, Bem fazer, Bem estar, Bem comum! – Monumento em Boca del Rio

No final da orla há um monumento em homenagem a cultura Papantla – os homens voadores: um ritual indígena criado para pedir que Deus acabe com a seca.  O ritual consiste em uma dança, onde se escala um poste de 30 metros a partir da qual quatro dos cinco participantes, jogam-se amarrados com cordas para descer até o chão.  O quinto permanece no topo do mastro, dançando e tocando flauta e tambor. Vi este ritual ao vivo quando fui a Teotihuacan (cidade antiga onde ficam as pirâmides astecas!) e é bem legal!

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Depois da caminhada fui tomar café da manhã num lugar bem famoso no México: Gran Café La Parroquia: um café datado de 1750! Tradicionalmente as pessoas pedem café com leite (dizem que essa combinação foi inventada pelos holandeses, vocês sabiam?!). Enquanto o garçom “derrama” o leite sobre o café, batemos a colher  no copo nesta cafeteria. É muito legal!

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Comi correndo e voltei para o hotel. O transfer para México Verde já estava me esperando. Se você quiser ir ao resort México Verde, a melhor opção é ir de avião até Xalapa ou Jalapa (é o mesmo lugar!). Uma curiosidade a pimenta jalapeña não é produzida em Jalapa – fiquei arrasada – não entendi nada sobre essa falsa alusão!

Conheci o México Verde no Brasil, quando fazia uma busca de Rafting próximo a Veracruz. Eu queria aventura e diversão nessa viagem – e o México Verde é uma grande família onde você certamente encontrará isso. Fui imensamente bem recebida – havia explicado para a menina qual era minha situação, que estava viajando sozinha, mas não queria me sentir sozinha.  O México Verde oferece as seguintes atividades:

  • Outdoor Training
  • Bicicleta em Trilha
  • Escalada
  • Gotcha
  • Caiaque
  • Rafting
  • Rappel: tem 2 possibilidades com alturas diferentes: 20m  e 50m (este em Xico)
  • Tirolesa
  • Trekking Aquático
  • Canionismo
  • Tour Museu Café
  • Banho de Temazcal
  • Sandboarding (em Chachalacas, a 50km de Veracruz)

Eu fiz rafting, rappel e o tour do museu do café. Queria ter feito o banho de Temazcal, mas não consegui porque não tive tempo (porém consegui fazer o banho quando fui em Puebla – vou contar como foi!!!)

Cheguei  no hotel próximo a hora do almoço – são quase 2 horas de Veracruz até o hotel que fica no município de Jalcomulco. O hotel oferece todas as refeições para quem se hospeda e é possível fazer as atividades sem se hospedar. Esse hotel é um acampamento de luxo, e vocês perceberão isso com as fotos das acomodações:

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Minha barraca!

 

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Lateral da Barraca
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Varandinha

Banheiro dentro da barraca, isso que é acampar em grande estilo!

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De onde vem a água quente!
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Minha cama!
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Varandinha!
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Várias Tendas/Barracas

Depois de deixar minhas coisas no quarto, fui para piscina para relaxar um pouco antes do almoço e do rafting que fiz naquela tarde.

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Quando os instrutores do rafting começaram a ensinar o que fazer pensei… o que estou fazendo aqui! Morro de medo disso, porque resolvi me desafiar a enfrentar isso ???? Foi aí que comecei meu segundo desafio do México, após conseguir “domar” os golfinhos.  Pegamos o transporte até o rio e foi um momento de super reflexão. Ainda dava pra desistir. Mas onde fica a superação??? Te digo que o rafting para mim foi um excelente treinamento. Treinamento de liderança e trabalho em equipe. Agradeço meu instrutor Oscar Ortega Gomes por toda segurança que me passou. Sem VOCÊ eu não teria conseguido. Acho que isso é ser um líder de verdade, passar segurança a equipe, mostrar que todos podem, coordenar um grupo tão heterogêneo. Queria agradecer a toda minha equipe. É uma pena que eu não tenha pego contato deles, mas Defenhos Sarah, Maurício, Fernando e Alejandro, onde quer q vcs estejam saibam que aquela tarde ficará na minha mente, em minha memória para sempre. O nosso trabalho em equipe, toda nossa coordenação, força e coragem que vocês me deram! Me fizeram pular no rio! E Oscar você tem toda razão: fiquei boa parte com pezinhos de águia no meu ponto de segurança porque estava com muito medo de cair em qualquer tranco! Passamos pelas portas do inferno e saímos ilesos!!!!! 

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Nosso Grupo: Sarah, Maurício, Oscar, eu, Alejandro e Fernando

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Voltamos revigorados querendo ir de novo! Nos momentos calmos do rio foi terapêutico, cada um contando sua história. Nos momentos tensos gritei muito, mas não desisti jamais (até porque não daria rs), não chorei (no rappel eu chorei, vocês saberão).

Voltamos para o hotel, tomei um bom banho e fui para festa que havia lá. Era o final de semana de independência do México e todos estavam muito animados. Comi espiga de milho com maionese entre outras coisinhas típicas. Cambaleei até minha barraca (dica levem lanterna!!) e dormi profundamente até o dia seguinte <3!

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México- Veracruz – 12.09.14 –


Meu primeiro dia efetivamente em Veracruz começou bem cedo. Apesar do cansaço, a diferença de fuso fez com que eu acordasse as 6h da manhã local e mesmo sendo verão estava bem escuro. O dia começou a clarear eram quase 9h !

O tempo estava bem ruim, o que desanima um pouco numa cidade litorânea. Havia pesquisado o que tinha em Veracruz e encontrei os seguintes pontos turísticos: carnaval (semelhante ao do Rio de Janeiro – em fevereiro), Forte de San Juan de Ulua, Aquário de Veracruz, Malecon, Voladores de Papantla, Museu Histórico Naval, Paplanta, Totonal.

Peguei um táxi em frente ao hotel e pedi para ir ao Aquário de Veracruz. Em frente ao aquário havia algumas pessoas vendendo um passeio de barco até “Cancuncito” e Isla de los Sacrificios.. O barco era bem velhinho, porém todos tinham colete salva vidas. Me diverti bastante. Neste passeio comecei a fazer coisas incríveis para mim, como por exemplo pegar uma estrela do mar que não se mexe (que era ok!) e uma que se mexia, muito nojenta!

Estrelas do Mar em Cancuncito (banco de areia no meio do mar aberto próximo a Isla de Sacrificios) – uma das reservas de recifes mais importantes do Golfo do México. Esta área é protegida pela secretaria de meio ambiente e recursos naturais do México e não podemos levar se quer uma conchinha de recordação.

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Isla de Sacrificios

 

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Peixes de Cancuncito
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No barco rumo Cancuncito
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Ensopada voltando de Cancuncito – Peguei muita chuva!

Fiz amizade com algumas pessoas que estavam no barco que eram da cidade de Puebla (que vamos conhecer também!) e esperamos a chuva diminuir para irmos ao aquário de Veracruz (o aquário fica do lado do desembarque do barco, mas esses novos amigos queriam pegar uma coisa no carro e por isso ficamos conversando um bom tempo – mais de 2 horas!). Me arrependi um pouco, porque no final fiquei sem paciência de esperar, comi na lanchonete no shopping onde fica o aquário e acabei entrando sozinha para visita. A entrada para o aquário custa MXM 120. Antes de entrar resolvi comprar um ticket para nadar com os golfinhos. Porém diferente do que fiz em Cancun, resolvi comprar o programa completo oferecido. O pacote completo custava MXM 999 e conforme fui adentrando o aquário, minha coragem foi indo embora.

Diverso peixes, medusas, pinguins, tubarões, lobos marinhos e até pássaros são as atrações do aquário. No final do aquário há um grande tanque onde há as apresentações com golfinhos e onde são feitos os nados com golfinhos.

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Quando cheguei no final do aquário, havia um formulário para eu preencher antes de entrar no tanque dos golfinhos.  Eu avistei o tanque e senti muito medo. Ele era muito profundo. Tinha uma arquibancada para os visitantes verem o nosso momento. Tinha um termo que o aquário não se responsabilizava se não soubéssemos nadar (aí pensei: não vamos estar de coletes? como assim não se responsabiliza se não sabemos nadar?!). Pânico. Falei com uma das atendentes que não queria mais. Ela me perguntou porque e falei dos motivos acima. Ela me tranquilizou falando que havia aquela cláusula porque não havia lugar para colocar o “pezinho” de semi apoio em lugar algum do tanque e tem muitas pessoas que não sabem nadar nem um pouquinho, não sabem boiar e ficam desesperadas quando percebem como é o tanque. Fiquei aliviada, mas ainda com receio. Chegou a hora de nos encontrarmos com os golfinhos. Fiz amizade com as meninas e tinha gente de todo tipo (inclusive do tipo que vestiu a roupa de mergulho oferecida sem biquíni).  No final eu tive que dar apoio para uma menina que estava apavorada com medo de afogar no tanque  (sim, tique dar meu ombro pra ela rs e puxá-la pelo braço). Adorei, acho que vou fazer todas as vezes que eu tiver oportunidade. Desta vez estava meio agoniada de dar beijo no delfine, não rolou uma química. O último exercício era a famosa surfada nos golfinhos. Estava semi decidida a não ir (muito medo!!!), mas o pessoal me convenceu e eu adorei! Gritei muito, bebi muita água quando ele me arremessou no tanque!

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Em Cancun o delfinário que fui vendia um CD com todas as fotos e filmagem. Em Veracruz eles vendiam fotos individuais impressas e por isso acabou ficando um pouco caro. Saí de lá já de noite e detonada. Fui para hotel descansar um pouco, mas meu cochilo durou mais de 8 horas. Acordei mais de meia noite e sem ideia de onde podia ir e acabei ficando no hotel planejando meu próximo dia.

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México- Veracruz – Set-2014


Minha ideia de fazer um blog surgiu da viagem que fiz ao México em Setembro de 2014, porém só o criei 1 ano depois.

Hoje vou começar a compartilhar com todos vocês uma viagem repleta de coisas diferentes em um estado do México que não tem propaganda no Brasil: Veracruz.  Já conhecia Cancun, Cidade do México, Acapulco, Taxco, Guadalajara, Tequila… Comprei a passagem por um motivo, mas um tempo após comprar a passagem, ir a Veracruz já não fazia sentido apesar de ter alguns amigos mexicanos. Eu tinha uma passagem que havia custado BRL 1.000 e 2  possibilidades: gastar BRL 800 para desmarcar ou encarar a viagem. Entrei no site da Aeroméxico e vi o seguinte anúncio: A Aeroméxico pode levar você  a Veracruz, um dos melhores lugares a se conhecer no México – Aí pensei – por que não conhecer?

Essa viagem fiz sozinha, foram 5 dias no México e conheci: Veracruz, Jalcomulco, Tlachichuca – Orizaba, Puebla e voltei a cidade do México para entrar no museu da Frida Khalo, porque não consegui ir a primeira vez que fui a cidade.

Não queria deixar de registrar que conheci duas historias legais no voo, pena que  não peguei o facebook de nenhum deles. O voo saiu do Rio de Janeiro às 10:15 da manhã. Primeiramente conheci o Pierre, um canadense que fala super bonitinho português e vive com a esposa que é brasileira em Juiz de Fora há mais de 20 anos. Ele estava indo visitar a neta que mora em Ottawa e trocamos varias histórias de viagem. A segunda pessoa que conheci foi quem dividi 10h de companhia: Hugo Leonardo, um mineiro super simpático que estava andando de avião pela primeira vez para visitar o filho que está estudando medicina veterinária pelo programa Brasil sem Fronteiras na Califórnia. Além de varias atribuições, ele é médium e faz um programa bem legal em um centro espírita em Cataguases – conversamos a beça, quase não dormi no voo. Um pouco antes de chegar a Cidade do México (a Aeroméxico tem voos diretos do Rio de Janeiro a Cidade do México – lá fiz uma conexão a Veracruz – uma observação importante que todos os voos com conexão na Cidade do México tem as malas revistadas no raio x – então as pessoas tem que pegar a mala, passar no raio x e despachar novamente da sala de embarque), passamos por algumas turbulências. Fiquei com pena do Hugo  – houve uma turbulência tipo queda livre e todo mundo gritou… que medo! Chegando no aeroporto a primeira iguaria que comi foi uma empanada de chispas con chilli. Muito bom!

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Ainda no avião antes de desembarcar na Cidade do México, fui informada que haviam mudado o horário da minha conexão, pois 0 intervalo era curto (apenas 1h) e a companhia achou  muito arriscado (apesar de terem me vendido desta forma). Chovia muito na Cidade do México e fiquei mais de 2 horas esperando o próximo voo a Veracruz.  Veracruz é o nome da cidade que desembarquei e está localizada no estado de mesmo nome. Porém o nome da capital do estado é Xalapa ou Jalapa. Foi super confuso estes dois nomes para a mesma cidade: eu procurava aeroporto e não achava e pensava… não é possível a capital do estado não ter aeroporto.

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Cheguei ao aeroporto de Veracruz passava de meia noite. No mês de setembro o Brasil está no horário normal e o México no horário de verão. Com isso o fuso horário era de 2h. Estava super cansada e na minha programação que queria fazer coisas diferentes, havia resolvido me hospedar em um hostel o que foi uma péssima ideia. Estava chovendo muito em Veracruz. Infelizmente não lembro o nome do hostel, mas felizmente fui pesquisar no site  onde reservei Hostel e não o encontrei, então vocês não entrarão na mesma cilada. Imaginem a situação: 14 horas viajando, um trapo humano chegando no hostel.  Primeiro parecia que não tinha ninguém para me atender. Depois de uns 5 minutos, apareceram uns hóspedes que abriram a porta. Eu havia reservado um quarto feminino com ar condicionado no térreo. O rapaz que trabalhava lá apareceu e disse que não tinha vaga neste quarto, mas poderia me colocar ou num quarto misto com ventilador no térreo ou em um quarto feminino com ventilador no primeiro andar (escada, claro). Aceitei o quarto feminino. Arrastei-me com a mala e chegando lá tcharánnnnn: não tinha luz! Falei com o rapaz que não tinha luz. Ele falou que havia mais uma opção no andar de cima. Arrastei-me novamente e tcharaaaannn: tinha goteiras… acho que devia até ter ratos, mas não fiquei tempo suficiente para encontrá-los. Pedi a senha do wi-fii e fui caçar um hotel. Pedi que o rapaz da recepção chamasse um táxi e gentilmente (só que não!!) ele falou para eu ir até a rua para conseguir. Era mais de 1 hora da manhã, chovia a beça e fui lá eu caçar um táxi e pedir a Deus que conseguisse sair dali o mais rápido o possível. Nem acreditei que consegui um táxi em menos de 5 minutos, o taxista foi super atencioso e me levou ao hotel que eu havia visto na internet mas não sabia se teria vaga. O taxista só foi embora depois de conseguir fechar tudo com o hotel Vera Cruz Centro Histórico (fui super bem acolhida!).
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Chuva no Aeroporto
Uma coisa que gostaria de registrar que essa questão do hostel foi o único inconveniente. De resto posso dizer que essa foi uma das melhores viagens que fiz, que cada dia foi um aprendizado, como vocês verão nos próximos posts. ❤
Publicado em Brasil Minas Gerais

OURO PRETO, MARIANA, BH – PARTE II


Seguindo nossa viagem a Ouro Preto fomos conhecer o distrito de Lavras Novas.

Este distrito fica cerca de 17km de Ouro Preto. É possível ir de ônibus regular, mas os horários são bem restritos.  Conversamos com um motorista de táxi que fechou a corrida por BRL 80. A estrada que leva até Lavras Novas é de terra e diga-se por passagem bem esburacada. Levamos cerca de 30 minutos para chegar ao centro. Para quem gosta de aventura, sugiro que reserve mais que um dia para ficar nesta região que conta com algumas pousadas (para pesquisar pousadas na região entre no link Pousadas em Lavras Novas).

Mas o que encontramos em Lavras Novas? Diversas cachoeiras (3 pingos, do falcão, pocinho, prazeres, castelinho, dos namorados), comidinha caseira mineira, lojinhas de artesanato,  rapel, tirolesa, trekking, escalada, caiaque…

Como fomos apenas para passar o dia, fomos a uma cachoeira, almoçamos e olhamos as lojinhas. Para voltar por sorte pegamos o telefone do motorista que nos levou – o transporte é bem difícil nesta região.

Escolhemos a cachoeira dos Pocinhos para visitarmos. Andamos bastante até conseguirmos chegar até ela. Há vários trechos de mata bem fechada, em vários momentos tivemos a sensação: “estamos no quintal de alguém!”, “e se tiver um cachorro?”. A trilha não é muito sinalizada. Encontramos várias pessoas perdidas para os 2 lados: onde fica a cachoeira?, como faço para voltar?.

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Casa da Bruxa no caminho para Cachoeira Pocitos
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Trilha para chegarmos a cachoeira
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Pocitos

Como o próprio nome diz Pocitos é um poço – a cachoeira fica bem distante, queda pequena, porém é um poço grande. A água  estava geladíssima, foi difícil de tomar coragem para entrar, mas consegui. Depois de 30 minutos, o tempo começou a fechar, ameaçando um temporal e fomos embora. Foi bem angustiante, porque estava começando a chover, estávamos no meio da mata, e ouvíamos trovões e raios um pouco distante. Depois de um tempo estávamos cansadas, não conseguíamos andar rápido e não chegávamos a lugar algum. O engraçado foi quando vi uma parede verde e falei para minha amiga: Denise estamos perdidas não lembro desta parede e ela respondeu: graças a Deus -eu lembro acabou a trilha!

Voltamos a rua da casa da bruxa e andamos até o centro onde buscamos um local para comer. Passamos por um restaurante (Restaurante Delírio – tipo uma pensão) que estava bem cheia e resolvemos ficar por lá mesmo. Nos sentamos na varanda da casa e um cachorro se apaixonou pela minha amiga.  A pensão era do seguinte estilo: árvore na frente da varanda com as folhas caindo sobre a gente, cachorro metendo a cara na nossa comida, a terra batida em frente a casa… acho que tudo isso fez com que a comida tivesse um gostinho especial.

Depois do almoço, andamos pelas lojinhas e o motorista de táxi foi nos buscar.

Passamos mais um dia em Ouro Preto, subindo e descendo as ladeiras, indo a blocos de carnaval, explorando a cidade, vendo que a arquitetura foi muito bem preservada.

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Na quarta feira de cinzas gostaria de ter ido a Inhotim – o Instituto Inhotim é um dos mais importantes centros de arte contemporânea do mundo, com uma área de visitação de 140 hectares: possui um jardim botânico, acervo com mais de 200 obras de arte contemporânea em exposição nas 22 galerias e jardins  –  localizado na cidade de Brumadinho que fica  55km de Belo Horizonte e  108 km de Ouro Preto. Infelizmente a logística de ônibus não permitiu que fôssemos para lá -pois os horários de ônibus eram restritos e tínhamos o problema do horário de voo de volta ao Rio.

Então aproveitamos o dia para conhecer um pouco de Belo Horizonte. Pegamos a van de volta a BH, descemos na rodoviária, pagamos pelo serviço de guarda volumes para nossas malas e fomos dar uma volta na cidade.

Pegamos um táxi até a Praça Liberdade onde estão localizados o MM Gerdau (Museu das Minas e do Metal), Espaço Conhecimento da UFMG, Centro Cultural Banco do Brasil e o Memorial Minas Gerais Vale. Esta praça é um pólo de cultura. Uma atração ao lado da outra o que achei muito legal. Como era feriado, só conseguimos visitar o CCBB e o Museu das Minas e do Metal.

Fiquei m-a-r-a-v-i-l-h-a-d-a com o museu administrado pela Gerdau – Museu das Minas e do Metal. Totalmente interativo, ele é um show de conhecimento – e o melhor: gratuito! Nele você encontrará informações desde formações rochosas até pedras preciosas (tudo interativo), passará pela exploração histórica destes recursos no Brasil. Sabe aquele lugar que você encontra muitas informações e que são passadas de forma tão natural que você não quer sair de lá, quer aprender mais e mais? O  museu funciona de terça a domingo de 12h as 18h. Para maiores informações, acesse Museu das Minas e do Metal.

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Pedras Preciosas, Composição das Pedras – tudo interativo – MM Gerdau

 

 

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CCBB

Finalizamos nosso passeio com a vista do Mirante das Mangabeiras, onde temos uma excelente vista de toda cidade de Belo Horizonte!

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Ouro Preto, Mariana, BH – Parte I


Em 2015, antes da grande tragédia ambiental de Mariana, conseguimos visitar esta região do país, rica de cultura e história.

Nossa história em Ouro Preto e Mariana começou em dez/2014, quando encontrei passagens para Belo Horizonte por BRL 115 ida e volta para viajar no carnaval. Já tinha quase 2 anos que eu manifestava a vontade de levar Stephanie a Ouro Preto (eu também não conhecia a cidade!).

Stephanie já está estudando várias coisas sobre a história do Brasil e podermos conhecer pessoalmente cidades históricas do nosso país é uma coisa  que acho que não tem preço. Imagino o que vocês possam estar pensando agora… carnaval em Ouro Preto é só bagunça! E respondo que é bagunça, para quem procura bagunça, tem história para quem procura história e também muita diversão!

Como disse anteriormente, eu e Stephanie fomos de avião até Belo Horizonte, uma viagem de duração aproximada de 1h. Um ponto meio óbvio mas que eu não me atentei quando comprei a passagem: no carnaval não viaje pelo aeroporto Santos Dumont – foi horrível conseguir chegar no aeroporto – todas as ruas fechadas!!! Desorganizada como eu sou, obviamente não comprei passagem de ônibus antecipadamente de BH até Ouro Preto. Para quem não conhece, Belo Horizonte tem 2 aeroportos: Pampulha e Confins. Pampulha é o aeroporto doméstico, que fica próximo a Lagoa da Pampulha, dentro de Belo Horizonte. Confins é o aeroporto internacional, que fica na “Grande BH”, aproximadamente 1h do centro da cidade. O voo que pegamos era para Confins e de lá há ônibus executivos (pagos) que nos levam até o aeroporto da Pampulha e a rodoviária. Para maiores informações sobre preços e horários destes ônibus, consulte Conexão Aeroporto BH. Chegamos a rodoviária e obviamente sendo carnaval não tinha ônibus para Ouro Preto, ou melhor tinha: se esperássemos por volta de 10h para o próximo ônibus disponível. Mas há uma outra opção: van – em frente a rodoviária há diariamente vans para Ouro Preto (mesmo não sendo feriado). A viagem de BH a Ouro Preto durou um pouco mais de 1h.

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esperando o horário de embarque

Nos hospedamos na Pousada Mezanino, que fica muito bem localizada, próxima a Museus, Praças, Rodoviária e eventos de Carnaval. Fizemos a reserva através do site Booking. Quando chegamos no hotel (já na hora do almoço de sábado de carnaval!), nossa amiga Denise, que nos acompanhou nessa viagem já estava lá (ela foi sexta feira depois do almoço de ônibus direto até Ouro Preto- Viação Útil – aproximadamente 7 horas de viagem no ônibus executivo).

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Apesar de próximo,  o táxi da Rodoviária a Pousada Mezanino custou BRL 30

Visitamos o Museu da Inconfidência, que é repleto de histórias interessantes. O problema é que não pudemos tirar nenhuma foto, mesmo sem flash. Antes de entrarmos, perguntamos quanto tempo dura em média o circuito de visitarmos as salas, pois fomos no final da tarde. Falaram que 1 hora seria mais que suficiente (faltava 1 hora para fechar o museu). Minha opinião: 1 hora não é suficiente. Este museu é riquíssimo de informações e no final estávamos praticamente sendo expulsas das salas. Lá encontramos obras de Aleijadinho, artefatos ligados a Inconfidência Mineira (destaque para Panteão da InconfidênciaUm espaço especial dentro da Casa da Câmara para abrigar os restos mortais dos inconfidentes. Estão no Panteão os restos de treze dos vinte e quatro sentenciados pela coroa portuguesa. Uma lápide vazia é o memento dos ausentes, entre os quais está Tiradentes, cujo corpo foi esquartejado e exposto).

O museu se localiza na Praça Tiradentes, bem próximo a pousada que ficamos hospedadas. A entrada custa BRL 10 e há uma lojinha de souvenir do museu. Para maiores informações, acesse Museu da Inconfidência.

Como havia um palco (show do carnaval) em frente ao Museu da Inconfidência, não consegui tirar uma foto frontal do museu. Estou procurando as fotos para compartilhar com vocês mas não estou conseguindo encontrar nenhuma legal.

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Entrada do Museu da Inconfidência
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Fotos em frete ao Museu da Inconfidência, onde havia um dos palcos principais de carnaval

 

No entorno da Praça Tiradentes há muitas lojinhas com artesanatos (principalmente esculpidos em pedra sabão – marca da cidade), doces mineiros e muita cachaça, é claro! Difícil escolher o que comprar!

A uma quadra de distância, encontramos a igreja São Francisco de Assis – onde fica o Museu do Aleijadinho – onde estão suas principais obras.  Antônio Francisco Lisboa  (Aleijadinho) iniciou a construção desta igreja no ano de de 1766. A sua construção se estendeu até meados do século XIX. Aleijadinho utilizou recursos arquitetônicos incomuns aos templos mineiros. Merecem destaques os dois púlpitos esculpidos em pedra sabão, datados de 1771, o altar-mor, o lavabo da Sacristia e o teto pintado por Mestre Athaíde.

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Igreja de  São Francico de Assis – Museu Aleijadinho

Em frete a igreja encontramos a  popularmente conhecida Feirinha de Pedra Sabão (Feira de Artesanato Largo do Coimbra) – ela funciona diariamente de 7 às 19h.

Após subirmos e descermos muitas ladeiras (estejam preparados!), curtimos o carnaval. São mais de 10 palcos espalhados com diversos tipos de música (ouvimos até rock argentino!). Mas de todos os blocos darei destaque ao Zé Pereira!

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Bloco do Zé Pereira

Separamos o dia seguinte para passarmos em Mariana. Para isso fizemos o passeio do Trem da Vale: Trem turístico Ouro Preto – Mariana. Antigamente uma Maria-Fumaça que ligava as duas cidades (ela está disponível para visitação). A passagem de trem custa BRL 40 ida para adulto e BRL 56 ida e volta. O horário de funcionamento é de 9 às 17h e recomendo que compre a passagem com 1 dia de antecedência.

Procurei saber se após o incidente se o trem continua circulando, e infelizmente o trem está em manutenção. Para saber mais sobre o passeio, acesse Trem da Vale.

A estação de trem fica um pouco distante do centro de Ouro Preto: uma caminhada de aproximadamente 25 minutos. Há ônibus que passam na estação, mas o intervalo de horários é grande. Sugiro que façam esse trajeto de táxi para não ter o risco de perder o trem. Quando fomos comprar os boletos, conseguimos uma carona com o funcionário de uma pensão que almoçamos – a facilidade das cidades pequenas – todo mundo se conhece e se ajuda!

Ficamos na dúvida se seria melhor comprar só ida ou ida e volta – como a diferença de comprarmos ida e volta era pequena, fizemos essa escolha. Uma coisa que achei ruim são os horários dos trens… achei pouco tempo – fizemos tudo com o horário bem apertado, apesar de termos comprado o primeiro horário.

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Coreto em frente a Estação da Vale

Percorremos os 16 km que separam Ouro Preto de Mariana em 1 hora. O trem é simples, sem serviço de bordo e muito bem conservado. Tem um instrutor por vagão, que fala um pouco sobre a história. A única “emoção” que há no percurso, são pequenos túneis que deixam os vagões em um breu total.

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trem turístico com o mesmo desenho dos antigos trens com interiores de madeira

 

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Estação de Mariana

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Na estação de trem de Mariana além do parquinho acima, há atividades culturais educativas promovida pela empresa Vale.

Ao sairmos de estação de trem de Mariana, pegamos um ônibus em frete a estação para a Minas da Passagem. Ela é a maior Mina de Ouro aberta a visitação do mundo. Descemos através de trolley (trenzinho que vemos nas minas), que chega a 315m de extensão e 120m de profundidade. Lá embaixo há um maravilhoso lago natural. Há pessoas que praticam mergulho profissional nesse lago e algumas pessoas que desceram conosco e estavam de roupas de banho entraram no lago (apesar de não ser permitido, a guia deixou eles “experimentarem” – dica: vá com roupas de banho!).

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Descida na Mina
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Lago com pessoas mergulhando
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Caminhos da Mina

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A entrada para Mina custa BRL 30 adulto e BRL 26 criança. Na saída tem um pequeno museu com peças antigas, uma lojinha de artesanato em pedras e um restaurante. Não achei necessário levar lanterna.

O passeio durou mais de 2 horas. Pegamos um ônibus para voltarmos ao centro de Mariana. Faltava um pouco menos de 2 horas para pegarmos o trem para voltarmos a Ouro Preto (o último trem que compramos o boleto era as 16h!). Paramos em uma lanchonete para comermos algo e fomos para a estação de trem. O percurso da ida eu aproveitei para apreciar a vista e pensei em tirar mais fotos na volta, pois já teria ideia do que iríamos encontrar, mas fomos tomados por uma surpresa. O trem teve um problema e não pudemos embarcar. A Vale devolveu o nosso dinheiro (não lembro bem ou foi 60% do valor total pago ou foi 100% – não foi apenas o valor da diferença entre as passagens de apenas ida e ida e volta) e  ainda assim disponibilizou vans para nos levar de volta a Ouro Preto.

O problema que vi neste passeio foi o tempo que era muito curto caso quiséssemos ir e voltar de trem. Não tivemos tempo de conhecer Mariana (só ficamos próximos a estação de trem e a visita a Mina). Pode ser interessante passar uma noite na cidade para poder conhecer melhor a história que ela tem a oferecer! ❤

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Foz do Iguaçu -Maravilha do Mundo- Parte IV


Finalizamos nosso tour por Foz do Iguaçu com o Parque das Aves. Ele está localizado em frente ao Parque Nacional do Iguaçu, ou seja, se você for de táxi o valor da corrida do centro ao parque é cerca de BRL 50.

Este parque tem preço diferenciado conforme local de residência do visitante (Foz do Iguaçu, brasileiros e estrangeiros). Eu paguei BRL 24 pela entrada. Mais informações sobre o parque, acesse o site Parque das Aves.

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Entrada para o Parque das Aves

Na entrada do parque há a árvore da vida que fala sobre a seguinte lenda:

“Em suas andanças pelo mundo jovem deus Wotan se depara com a Árvore da Vida. Entre as raízes da árvore nasce a fonte do Saber. O Deus oferece um olho em sacrifício para beber da água e então com sua espada corta um pedaço do tronco. Com esta madeira ele cria uma lança, na qual entalha as regras do mundo. Com esta lança ele domina o mundo. Mas… A árvore ao ser ferida morre e a Fonte do Saber seca. A árvore pega fogo, se espalha e consome toda a Terra. Depois a água inunda tudo… extinguindo homens, gigantes, anões e deuses. As águas descem… e a natureza ressurge, porém desta vez sem seres humanos. Conservação é tentar e atingir a sustentabilidade global.” Esta lenda antiga nos lembra da ameaça que a humanidade impõe ao “nosso” planeta e declara a verdade extrema: A natureza não precisa de nós, mas precisamos da natureza.

 

E logo fomos recebidas no parque pelos flamingos!

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E várias aves!

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As aves não são o único destaque deste parque, a flora também se revela de maneira belíssima!

Entramos em um grande viveiro…

No final do parque há uma lojinha de souvenir que vende literalmente de pano de prato a jóias com pedras da região.

Fizemos o tour em uma manhã e logo após o almoço fomos para o aeroporto com vontade de voltar a Foz (principalmente  ao Parque Nacional do Iguaçu) <3!

 

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Foz do Iguaçu -Maravilha do Mundo- Parte III


Reservamos nosso terceiro dia para conhecer a Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional, uma empresa 50% brasileira e 50% paraguaia (Brasil compra um bom percentual de produção do Paraguai!). Ela é reconhecida como uma das maiores obras da engenharia moderna, sendo a maior usina hidroelétrica em produção do mundo. Depois que fizemos o passeio descobrimos que Itaipu é mais que uma usina hidrelétrica. Vocês sabiam que existe uma Universidade Federal da Integração Latino Americana? Eu nem desconfiava!

Compramos o pacote do passeio com a  Loumar Turismo, mas é possível pegar um táxi até a usina e comprar por conta própria os tickets para as atrações de Itaipu. Uma das facilidades de você comprar com a operadora de turismo é a facilidade de pagamento (você pode parcelar) assim como a questão de transporte, pois a usina fica afastada da cidade. Assim como o Parque Nacional do Iguaçu, a usina oferece vários passeios. No site Turismo Itaipu, vocês poderão consultar os tipos de passeios, horários disponíveis e preços. Alguns passeios há restrição de idade, como por exemplo o Circuito Especial  (maiores de 14 anos) por ser uma visita a uma área industrial e Test Drive Veículo Elétrico (maiores de 18 anos com habilitação válida).

Nós fizemos os passeios Vista Panorâmica (BRL 27 adulto), Ecomuseu (BRL 10 adulto), Polo Astronômico (BRL 20 integral).  Além destes passeios é possível fazer os passeios Porto Kattamaram (BRL 60 integral, 3 horários possíveis -não fizemos porque o guia não recomendou – estava ventando muito!), Iluminação da Barragem (BRL 16 integral, disponível apenas sexta e sábado), Refúgio Biológico (BRL 20 integral, 4 horários disponíveis).

Ficamos o dia inteiro na usina fazendo os  3 passeios. Saímos do hotel as 9h. Não é possível fazer todos os passeios em 1 dia. O site Turismo Itaipu ajuda a programar os horários de todos os passeios que vocês possam se interessar, é bem interessante.

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Início do Passeio Vista Panorâmica

Antes de pegarmos o ônibus panorâmico, assistimos uma pequena palestra que falava sobre a construção da Usina. Tudo muito interessante. Na ante sala do auditório há maquetes de toda área da usina, tudo muito bem feito.

Fomos encaminhadas para o ônibus do passeio panorâmico, onde há duas pessoas nos auxiliando: um guia que fala sobre os pontos que passamos e um aposentado da usina (que trabalhou na construção) e fala sobre curiosidades da obra.

Esta parte do programa tem duração aproximada de 2h. Passamos muito frio no passeio. Em Itaipu venta muito, então minha primeira dica é , se vocês forem no inverno como fomos, se agasalhem bem. O pior é o frio no rosto! Na primeira parada há uma pequena lanchonete que vende café quentinho (essencial!).

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Comportas Abertas – A força de Itaipu

A última parada antes do ponto inicial é o Porto Kattamaram onde um bom restaurante. Porém não almoçamos lá devido ao intervalo do horário do ônibus que faz o circuito passeio panorâmico (30 minutos), pois o tempo poderia ficar apertado para o próximo passeio.

Queríamos fazer o passeio de barco no Porto Kattamaram, mas o guia do ônibus não recomendou fazer naquele dia pois além do tempo estar muito nublado, a ventania iria nos incomodar muito.

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Quando voltamos ao ponto inicial, almoçamos, fizemos umas comprinhas e esperamos a van que nos levou ao Ecomuseu.

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No Ecomuseu encontramos informações sobre a fauna, flora, rios e tribos próximos ao rio Paraná, onde se localiza Itaipu.

Há várias informações interativas no museu, o que torna tudo mais interessante.

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Quando saímos do Ecomuseu, fomos para nossa última descoberta de Itaipu: Polo Astronômico. É difícil de falar sobre o passeio, pois é muita informação, mas posso garantir que é muito legal. Como na data que fomos o céu estava nublado, não conseguimos ver as estrelas do super telescópio, mas pudemos aprender várias coisas a respeito da formação dos planetas, e as diferenças e semelhanças entre eles. Aconselho quem for, pegar o último horário mas espero que tenham mais sorte e possam ver as estrelas.

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Entrada do Polo Astronômico

Após entrarmos no pólo astronômico, fomos a cúpula onde fica o telescópio para aprendermos um pouco sobre ele, como funciona e o quão moderno ele é.

Após esta palestra, as crianças participaram de várias brincadeiras. Tocaram meteoritos e conheceram suas histórias (descobriram que tem gosto de ferro!), conheceram outros planetas e as diferenças de pesos entre eles…

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Stephanie e o meteorito

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Aprendendo a diferença de peso dos astros no nosso universo

Por fim fomos ao auditório do Pólo Astronômico e assistimos um vídeo sobre o universo, onde ficávamos bem inclinados na cadeira na total escuridão.

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Antes de todas as luzes se apagarem!

E assim terminou nosso passeio pela Itaipu Binacional, uma empresa que além de produzir energia, sabe produzir turismo <3!20150715_104811.jpg

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Foz do Iguaçu -Maravilha do Mundo- Parte II


Nosso segundo dia começou com uma chuvinha que não passava. Não tinha nenhuma opção de passeio na parte da manhã e ficamos desanimadas tanto de fazer um city tour quanto caminhar pela cidade. Com os percursos que havíamos feito de táxi no dia anterior achamos a cidade muito feia.

Fechamos um passeio para a parte da tarde onde iríamos ao complexo chamado “Dream Land”. Ele é composto pelo Museu de Cera, Exposição Maravilhas do Mundo e Parque dos Dinossauros. Para estas 3 atrações pagamos BRL 90 (adulto) e BRL 60 criança. Apenas o Parque dos Dinossauros é aberto, então a chuva não atrapalharia tanto.  Quando chegamos não estava chovendo e fomos direto para o Parque dos Dinossauros. Para maiores informações, acesse o site Dream Land.

Eu e Stephanie não curtimos muito dinossauros, mas estávamos tentando fazer o que era possível com o tempo. Para quem gosta, acredito que seja legal, tem dinossauros gigantes que se mexem e emitem sons.

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Após o passeio no Parque dos Dinossauros fomos ao Museu de Cera. Este é o terceiro Museu de Cera que nós visitamos e achei ele bem legal, diferente por exemplo do Museu de Cera de Petrópolis que eu não recomendo para ninguém.

Em algumas estátuas há possibilidade de tirar fotos bem próximas com os fotógrafos do museu.

Após sairmos do museu de cera, fomos ver a exposição Maravilhas do Mundo.  Nessa exposição encontramos réplicas de monumentos do mundo.

 

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Finalizamos o dia jantando no restaurante Cuisine du Ciel que fica no 18º andar do hotel Golden Tulip. O restaurante oferece uma vista panorâmica da cidade, um descontraído show de piano para tornar o ambiente do jantar mais relaxante e intimista, além de uma comida deliciosa. O jantar para 2 duas pessoas sai por cerca de BRL 150.

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Vista do Restaurante Cuisine Du Ciel
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Foz do Iguaçu -Maravilha do Mundo- Parte I


Olá mundo!  Nas férias de julho de 2015, antes de termos a oportunidade de conhecermos o Peru, fomos agraciadas com uma promoção da Tam que nos levou a uma das maravilhas do mundo: Cidade? Foz do Iguaçu –  Destino: Cataratas do Iguaçu. .

Sempre tive vontade de conhecer Foz, mas o preço da passagem me desanimava. No meu hábito de procurar passagens, consegui comprar as passagens para nós2 por BRL 600! Esse geralmente é o preço de uma passagem! Ficamos super felizes e animadas e já gostaria de dividir uma informação com vocês: o preço da passagem não é nada comparado ao preço dos passeios: achei tudo caríssimo e vamos ver se vocês concordam.

Nossa viagem foi de 3 noites em Foz do Iguaçu. Na semana da viagem a previsão era de chuva para todos os dias.  Apesar de termos conseguido visitar todos os lugares que nos propusemos, o mal tempo nos desanimou um pouco.

Chegamos em Foz pela manhã e não estava chovendo. Pegamos um táxi no aeroporto e fomos para o hotel, largarmos a mala e fomos para o Parque Nacional do Iguaçu (Cataratas) para aproveitar que não estava chovendo.

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O aeroporto de Foz do Iguaçu fica muito próximo ao Parque Nacional do Iguaçu. Uma opção possível que só soube depois era ter ido direto para o parque (devido ao meu desespero quanto a chuva!). Lá há grandes guarda volumes para malas. O percurso do aeroporto ao hotel saiu por BRL 50 e o percurso das cataratas ao hotel pagamos o mesmo valor. É possível ir de ônibus público, porém só tínhamos 3 dias com previsão de chuva para todos os dias então não quisemos arriscar perder nenhum segundo de tempo seco.

Nos hospedamos no hotel Golden Tulip. O café da manhã é excelente e na cobertura há o restaurante que é um ponto turístico da cidade. As acomodações deixam um pouco a desejar. Os quartos são grandes mas precisam de reformas. O valor da diária é bem acessível, reservamos pelo http://www.hoteis.com e acho que o custo benefício vale. Não utilizamos a piscina do hotel (é externa) devido ao mal tempo. No hotel há um stand da empresa de turismo Loumar oferecendo diversos passeios, que é algo interessante. Porém se você quiser ir a algum jantar show (as opções são: italiano ou rodízio de carne), tem que reservar com cerca de 2 dias de antecedência pois as vagas são muito disputadas.

Há 2 entradas para o Parque Nacional do Iguaçu: o do lado brasileiro e o do lado argentino. Todos os passeios que fizemos foram do lado brasileiro. Se vocês viajarem com crianças e um dos pais não estiver presente, é necessária uma autorização para sair do país (não esqueçam que isto é válido para cruzar a fronteira da Argentina para alguns passeios). Esta autorização deve ser feita de acordo com o modelo da polícia federal e deve ser reconhecida no cartório por autenticidade ou seja, deve ser assinada no próprio cartório.

O motorista de táxi que pegamos tinha licença de guia turístico e com isso não precisamos entrar na fila para comprar os ingressos. No Parque Nacional do Iguaçu há alguns passeios extras que podem ser feitos e pagos a parte. Você pode adquirir estes passeios extras na entrada do Parque mas há também bilheterias próximas as atividades.

No bilhete simples de entrada ao parque, que custa BRL 33 para adultos e BRL 8 para crianças até 11 anos, há um ônibus turístico disponível que para nos atrativos extras que listarei mais abaixo.

  • Trilha das Bananeiras (deve ser agendado com pelo menos 24 h de antecedência; o passeio tem duração média de 2.5h, custa BRL 216 adulto e BRL 108 criança de 7 a 11 anos)
  • Trilha do Poço Preto (deve ser agendado com pelo menos 24 h de antecedência; o passeio tem duração média de 4h, custa BRL 278 adulto e BRL 139 criança de 7 a 11 anos)
  • Passeio a Ilha dos Papagaios (duração de 1h, custa BRL 123 adulto e BRL 61.5 criança de 7 a 11 anos)
  • Caminhada nas Bananeiras (duração de 1h, custa BRL 60 adulto e BRL 30 criança de 7 a 11 anos)
  • Floating (duração de 2h, custa BRL 164 adulto e BRL 82 criança de 7 a 11 anos)
  • Passeio a Porto Canoas (duração de 20 min, BRL 61 adulto e BRL 30.5 criança de 7 a 11 anos)
  • Macuco Safari (não precisa ser agendado previamente, duração de 2h, custa BRL 179 adulto e BRL 89.5 criança de 7 a 11 anos)
  • Cataratas

Para maiores informações, visite o site Macuco Safari.

Compramos o passeio extra Macuco Safari. Não posso falar pelos outros passeios que não fiz, mas acho essencial fazer o Macuco Safari.

Ao descermos do ônibus no ponto do Macuco Safari, encontramos fofos quatis nos rodeando. Mas aviso logo, eles são fofos mas perigosos! Só soube disso um tempo depois. Um deles no final do passeio começou a subir na minha perna e eu estava achando uma gostosura só, uma vontade de levar pra casa. Depois descobri que ele estava se pendurando no meu joelho porque sentiu cheiro de biscoito na minha bolsa. Em um dado momento ele pulou no meu peito e fiquei apavorada!!!!  Um funcionário do parque apareceu e falou que ele estava ouriçado porque devia estar sentindo cheiro de comida na minha bolsa. eu não sabia, mas caso ele me arranhasse (as unhas são piores que do meu gato Turbinho!) ou me mordesse eu teria que tomar mais de 7 vacinas! Este animal super fofo transmite raiva. Depois soube também que eles estão se reproduzindo descontroladamente no parque e que no ano passado milhares deles foram recolhidos do parque e inseridos na Mata Atlântica.

Aviso aos turistas de primeira viagem: imprescindível o uso de repelente, protetor solar, água, e ter qualquer comida muito bem guardada!

O passeio começa com veículos elétricos tipo safári que nos levou até o meio da mata do Parque Nacional do Iguaçu. Há um guia que fez observações sobre a fauna e flora, além de curiosidades sobre o Parque Nacional.

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Depois fizemos a pé um pequeno percurso de mais ou menos 10 minutos e chegamos a base onde há uma lanchonete que comemos antes de guardarmos nossos pertences para o passeio de barco. Se o seu celular e/ou câmera não for a prova d’água deve ser deixado no guarda volumes porque realmente molha tudo! Comprei uma máquina com valor bem em conta da Sony que é a prova d’água e conseguimos tirar muitas fotos sem receio algum de estragar o aparelho. Quando arrumei as malas, eu havia separado roupas para trocar neste passeio, mas saímos tão corridas do hotel que esqueci tudo!

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A Stephanie simplesmente a-d-o-r-o-u o passeio queria fazer várias vezes.  Fomos bem próximos a algumas queda d´água, realmente foi muito legal.

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Antes de pegar o barco Macuco Safari

 

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Quando saímos do barco, tivemos que comprar roupas novas na lojinha. Pegamos novamente o ônibus e descemos na última parada que é das quedas principais. Logo ao descermos do ônibus somos abordados por vários quatis e há um parapeito que conseguimos ver de longe as grandes cataratas.  Há um caminho por onde percorremos até chegarmos mais próximos as cataratas. neste caminho há uma lanchonete e banheiros.

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A famosa passarela que nos deixa próximo a queda d’água fica no final deste caminho. Muitas pessoas vão de guarda-chuva e capa de chuva para não se molharem, mas eu diria que o melhor deste passeio é se molhar e se energizar com a queda d’água.

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O banho de “cataratas” é realmente a melhor parte do passeio.

Depois da passarela, há uma outra loja de souvenir, e acabamos comprando novamente uma blusa porque nos encharcamos de novo! Ao lado da loja há um elevador que nos leva ao ponto do ônibus turístico do parque. Este é efetivamente o ponto final. Ligamos para o motorista de táxi que nos levou até o parque e ele nos levou ao hotel (não é muito fácil você conseguir um táxi no parque, os que estão no entorno geralmente são táxis agendados).

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E assim, finalizamos nosso primeiro dia em Foz do Iguaçu <3!